Quarenta colegas de universitário com meningite recebem tratamento, diz Semsa

 

Além dos universitários, treze familiares do jovem, que moravam com ele no km 25 da BR-174, também iniciaram tratamento19/04/2018 às 21:24

A diretora do Devae, Marinélia Ferreira, explica que há registro de casos de meningite durante o ano todo em Manaus.

Quarenta estudantes que são colegas do aluno da Faculdade Estácio do Amazonas diagnosticado com meningite bacteriana estão recebendo quimioprofilaxia e serão monitorados pela equipe do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) até esta sexta-feira (20). A informação foi divulgada pela Semsa na noite desta quinta-feira (19).

As aulas da Estácio, localizada na Zona Centro-Sul de Manaus, foram suspensas nesta quarta-feira (18) após a confirmação do caso de meningite.

Além dos colegas de faculdade, treze familiares do jovem também estão sendo atendidos pelo Devae. Os membros da família moram no mesmo local que o estudante, no quilômetro 25 da BR-174 (Manaus – Boa Vista).

“O estudante está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva do HPS 28 de Agosto, onde está recebendo o tratamento indicado”, explica o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.

Procedimento

Após a confirmação do caso de meningite, o primeiro passo, segundo a Semsa, foi identificar os “comunicantes”. Eles são os contatos mais próximos do estudante, como os moradores da mesma casa e pessoas diretamente expostas às secreções dele. Depois disso, foi iniciada a quimioprofilaxia, que consiste administração do medicamento preconizado pelo Ministério da Saúde, para esses casos, a Rifampicina, fornecida às secretarias de saúde, não sendo disponibilizada em farmácias comerciais. Todos serão monitorados por 48 horas.

A diretora do Devae, Marinélia Ferreira, explica que há registro de casos de meningite durante o ano todo em Manaus, mas que a ocorrência de doença meningocócica (meningite bacteriana) é menos frequente. Dos 43 casos suspeitos notificados este ano, 10 foram descartados, 22 foram confirmados como meningites, sendo dois positivos para doença meningocócica – um caso de uma criança em março e o do estudante, ontem.

No ano passado, foram notificados 210 casos suspeitos, dos quais 49 foram descartados e 161 confirmados, sendo 13 positivos para doença meningocócica. 

“Há três tipos de doença meningocócica, que variam de acordo com o agente etiológico. Todos são graves e requerem cuidados. É fundamental que aos primeiros sinais suspeitos, os pais ou responsáveis busquem orientação médica para evitar complicações”, alerta Marinélia.

Os principais sintomas são febre alta, rigidez da nuca impossibilitando encostar o queixo no peito, vômito, manchas pelo corpo, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade para respirar e letargia.

Sobre a doença

A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda das membranas que recobrem o cérebro. O meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias e da saliva, durante contato próximo ou demorado com o portador, especialmente entre pessoas que vivem na mesma casa.

A bactéria não é tão contagiosa como o vírus da gripe, por exemplo, e não há transmissão por contato casual ou breve, ou simplesmente por respirar o ar onde uma pessoa com a doença tenha estado. Já os ambientes com aglomeração de pessoas oferecem maior risco de transmissão e contribuem para desencadear surtos. Não há necessidade de evacuação, isolamento, muito menos higienização específica dos locais por onde o doente passou.

A doença pode ser letal ou, em caso de recuperação do paciente, dependendo da reação do organismo, deixar ou não sequelas, como surdez, cegueira, problemas neurológicos, membros amputados.

Uma das formas de prevenção da meningite é a vacina, disponível na rede pública de saúde conforme o Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização. A imunização primária consiste de duas doses, aos 3 e 5 meses de vida e o reforço, preferencialmente aos 12 meses de idade, podendo ser administrada até os 4 anos de idade. A vacina meningocócica C também é indicada para adolescentes de 11 a 14 anos de idade.

Fonte: https://www.acritica.com/channels/manaus/news/quarenta-colegas-de-universitario-com-meningite-recebem-tratamento-diz-semsa

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