‘Senti como se fosse meu filho’, diz mulher que matou grávida e roubou bebê no AM

 

Casal foi apresentado na manhã deste sábado (21). “Senti a dor de uma mãe que perde um filho quando tiraram ele dos meus braços”, declarou acusada do crime

Joelma Silva e Alex Carvalho foram apresentados neste sábado (21) em Manaus (Foto: Jander Robson/Freelancer)

“Senti como se ele fosse meu filho. Senti a dor de uma mãe que perde um filho quando tiraram ele dos meus braços”. Essas foram as palavras ditas por Joelma Queila Santana da Silva, de 22 anos, acusada de matar uma grávida e cortar a barriga dela para retirar e roubar o bebê, no interior do Amazonas. Na manhã de hoje (21), ela e o comparsa dela no crime, Alex da Silva Carvalho, 18, foram apresentados à imprensa, em Manaus.

Os dois confessaram o crime e alegaram arrependimento. Eles foram transferidos para a capital amazonense por correrem risco de morte no interior do Estado, tanto na cidade de São Sebastião do Uatumã, onde cometeram o assassinato e roubo do bebê na última quinta-feira (19), como em Itapiranga, para onde fugiram com a criança após o parto forçado e acabaram presos pela polícia.

Durante a coletiva de imprensa que aconteceu no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em Manaus. Joelma reforçou as motivações para o crime já divulgadas pela polícia. “Eu queria dar um filho para esse meu ex-marido, que era meu namorado. Pensei num bebê. Foi quando eu falei com o Alex e disse que dava R$ 4 mil se ele conseguisse um bebê pra mim. Pensei que não ia ser desse jeito. Pensei que poderia ser um sequestro, pegar um bebê e deixar a mãe viva”, disse.


Foto: Jander Robson

Tanto Joelma quanto Alex contaram detalhes de como planejaram o assassinato da grávida de 20 anos e a forma como a executaram. De acordo com a polícia, Alex abordou a vítima e conseguiu atraí-la. Em depoimento, ele afirmou ter dado a ela uma bebida com sonífero e avisou a Joelma que “estava tudo pronto”. Depois eles a levaram para uma área de mata afastada da cidade.

​Joelma disse que ao chegar ao local, a grávida ainda estava consciente e reclamava de dor na cabeça. Porém, mesmo assim, a acusada resolveu cortar a barriga dela. A vítima chegou a reagir durante o crime, mas Alex a estrangulou com as mãos. “Ele alugou uma moto e levou a menina para passear. Eu fiquei na casa do meu avô. Alex voltou para me pegar. Quando voltei, a mulher estava lá, caída. A única coisa que escutava era ela falar que estava com dor de cabeça e aí foi quando o Alex enforcou ela e ela ‘apagou’”.

Na delegacia, Alex disse que Joelma não teve coragem de continuar cortando a barriga da vítima. Entretanto, neste momento o bebê já começava a chorar e a se debater dentro da barriga da mãe. Foi quando ele teria acabado de abrir a barriga da grávida para pegar a criança. Conforme a polícia, uma hemorragia provocada pelo sangramento causou a morte da jovem de 20 anos.


Foto: Jander Robson

A vítima, conforme relatos dos próprios familiares dela à polícia, sofria de um distúrbio mental. No entanto, a polícia não conseguiu comprovar o fato. “O próprio Alex (suspeito) disse que ela sofria de um visível problema mental, mas a versão dela ter sido dopada antes do crime continua sendo a mais pertinente, até porque faz parte da confissão dele”, disse ontem ao Portal A Crítica o delegado João Cabral, titular da 38ª Delegacia Interativa de Itapiranga (DIP).

Os dois acusados do crime foram autuados em flagrante por homicídio duplamente qualificado e devem ser encaminhados para presídios da capital. A Polícia Civil não divulgou quais nomes dos presídios.

O bebê retirado à força da barriga da mãe nasceu com 8 meses de gestação. Logo após ser resgatado pela polícia, ele foi amamentado por uma policial militar que se comoveu com a história dele. Após receber o nome de Pietro Graziano, foi levado aos familiares após receber cuidados no hospital da cidade de Itapiranga.

  • Fonte: http://www.acritica.com/channels/manaus/news/senti-como-se-ele-fosse-meu-filho-diz-mulher-que-matou-gravida-para-roubar-bebe

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