General do Exército assumirá cargo no lugar de João Gabbardo, que chefiou área na gestão de Mandetta. Novo secretário-executivo do ministério coordenou Operação Acolhida.
O general Eduardo Pazuello, novo secretário-executivo do Ministério da Saúde — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Roraima
O ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou nesta quarta-feira (22) Eduardo Pazuello como novo secretário-executivo do Ministério da Saúde.
General do Exército, Pazuello assumirá o cargo no lugar de João Gabbardo, que chefiou a secretaria-executiva da pasta na gestão de Luiz Henrique Mandetta.
Pazuello se reuniu na manhã desta terça com o presidente Jair Bolsonaro e passará a ocupar a função em meio à pandemia do novo coronavírus.
Como secretário-executivo, o general atuará como número dois do ministro Nelson Teich, que tomou posse na semana passada.
Perfil
O novo secretário-executivo nasceu no Rio de Janeiro, formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1984. Bolsonaro também se formou na instituição.
Na academia, fez cursos de operações na selva, paraquedista e aperfeiçoamento de oficiais.
General de Divisão desde 2018, Pazuello atuou como coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida, responsável pelos trabalhos relacionados aos cidadãos venezuelanos que chegaram ao Brasil por Roraima, fugindo na crise no país vizinho.
Ex-comandante da Base de Apoio Logístico do Exército, o novo secretário-executivo do ministério trabalhou como coordenador logístico das tropas do Exército na Olimpíada de 2016.
Militares no governo
Em fevereiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que havia montado um governo “todo militarizado”.
Isso porque os quatro ministros com gabinetes no Palácio do Planalto são militares: Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Além deles, há outros ministros militares, entre os quais Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
O aproveitamento de quadros militares no governo era defendido por Bolsonaro desde a campanha eleitoral. O próprio presidente, deputado federal por 28 anos, é capitão reformado do Exército.O vice, Hamilton Mourão, é general da reserva.
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