Golpe aplicado por criminosos que já estavam presos rendeu mais de R$ 500 mil

 

Em aplicativos de celulares, bandidos usavam fotos de médicos, juízes, promotores, desembargadores e dentistas para pedir dinheiro a familiares destes profissionais

Suspeitos aplicaram golpe de dentro da cadeia (Foto: Polícia Civil)
 

Investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), em parceria com o Ministério da Justiça, descobriu que, após obterem dados sigilosos de diferentes profissionais, criminosos criavam uma conta falsa em um aplicativo de mensagens, colocavam a foto de determinada pessoa, e procuravam por familiares dela para pedir dinheiro. De acordo com a delegada Sabrina Lelis, titular da DERCC, o grupo criminoso era tão organizado que usava textos diferentes na abordagem às vítimas.

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“A conversa era sempre a mesma, que haviam excedido o limite das transferências diárias, e que precisavam quitar débitos de altos valores naquele dia. O que chamou nossa atenção foi que estes criminosos tinham, junto com os dados das pessoas que fingiam ser, diferentes textos, que eram usados de acordo com a profissão daquelas pessoas”, destacou a delegada.

Após identificar a quadrilha, a justiça decretou, e a Polícia Civil, com o apoio de policiais penais, cumpriu, nesta sexta-feira (4), sete mandados de busca e apreensão, dois deles dentro da Ala A, da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), que fica no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Os outros mandados foram cumpridos em Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, e em Montes Claros, Minas Gerais.

Além de apreender celulares, computadores, cartões de crédito, cadernos com anotações, e quase R$ 400 mil em dinheiro, a DERCC fez com que a justiça retirasse do ar oito sites da chamada Data Brokers, que é a rede onde os criminosos obtiam os dados sigilosos de diferentes profissionais. A quadrilha, segundo as apurações, começou a agir desta forma em abril, e fez vítimas em Goiás, Tocantins, Pará, Santa Catarina, Paraíba, Piauí, e no Ceará.

Nesta etapa da operação ninguém foi preso, mas a partir da análise do material apreendido, a Polícia Civil pretende identificar, e indiciar os autores do golpe.

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Bosco Cordeiro:
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