Bairro de Santa Inês, Zona Central do estado do Amapá, não estava no rodízio de fornecimento de energia implementado pelo governo estadual
Após cinco dias e com cerca de 89% da população – de 765 mil pessoas – atingida, moradores do bairro de Santa Inês, na Zona Central do estado, fizeram uma manifestação pacífica no início da noite deste sábado (7/11) para terem acesso a direitos básicos.
Após o governo estadual anunciar que as cidades iriam adotar um esquema de rodízio para terem acesso à energia durante seis horas por dia, os populares da região ficaram na expectativa, mas a luz não chegou.
Foi quando cerca de 50 moradores se reuniram em uma das avenidas do bairro para cobrar uma resposta – que veio cerca de uma hora depois. Por volta das 19h deste sábado, a energia foi restabelecida na região. Pelo menos por seis horas, a população terá uma noite iluminada depois de 120 na escuridão.
“O governo do estado anunciou que a energia seria de seis em seis horas em cada bairro e teria rodízio. [Mas] Nós descobrimos que, no bairro de Santa Inês, todas as chaves dos postes estavam desativadas. Isso quer dizer que, por mais que a energia fosse mandada para o bairro, a gente não teria energia”, explica Silvano Santos (foto em destaque), morador do bairro, em tom de desabafo.
Assim como Silvano, a costureira Lurdes da Silva, de 63 anos, relata que a região “não tem paz” e “vive preocupada com o dia de amanhã”.
“Estamos há cinco dias sem energia, sem água, não dormimos. Passamos o dia atrás de respostas e as noites, sofrendo, sem dormir, preocupados em como será o próximo dia. O mais frustrante é que isso tudo é um direito do povo e nós não temos acesso ao que é básico, né?”, lamentou a moradora.
Veja vídeo e fotos do protesto e da situação em Macapá:
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