Professora luta com assaltantes por celular: ‘Meu filho morreu, preciso das fotos’

 

Cintia Patrício foi abordada na porta da escola em que trabalha em Suzano, na região metropolitana; carro levado não tinha seguro

Uma professora de Suzano, cidade na região metropolitana de São Paulo, foi assaltada na porta da escola em que ela trabalhava. Em uma ação impulsiva, Cintia Patrício lutou com os suspeitos para ficar com o celular, objeto no qual guardava fotos do filho que morreu.

O circuito interno de segurança da escola registrou o momento em que quatro assaltantes surpreenderam a professora na entrada do estacionamento do colégio. A ação foi rápida e deixou Cintia confusa, acreditando que fosse uma brincadeira.

“Demorei a entender porque pensei que fosse algum ex-aluno. ‘Perdeu, professora. Perdeu’. Ele não falou com agressividade, falou manso”, disse a vítima.

Quando a professora se deu conta de que era um assalto, entrou em desespero por medo de perder as fotos do filho que estavam em seu celular. O pequeno Heitor faleceu há um ano e meio, quando tinha apenas 5 meses.

“Gritei: ‘Meu filho morreu. Meu filho, meu filho. Eu preciso das fotos’. Aí a minha resistência, que na hora a gente não pensa. Eu sei que é errado, a gente não deve reagir. [Queria] resgatar as lembranças do meu filho, que no dia seguinte faria 1 ano 5 meses que ele havia partido.”

Heitor morreu de uma doença cardíaca grave. O menino chegou a entrar na fila de transplantes, mas morreu antes de receber o coração de um doador.

Além de perder as memórias do filho que estavam no celular, Cintia teve o carro levado com os materiais que usava no trabalho, como computador e impressora. Ainda segundo a professora, o veículo continua desaparecido e não possuía seguro.

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