Vazante favorece crimes ambientais contra fauna aquática

 

Operação no rio Purus, um dos mais afetados pela vazante, e flagram crimes ambientais contra quelônios e jacarés.
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Ovos de jacarés apreendidos com caçadores na região do rio Purus, um dos mais afetados pela vazante no Amazonas

Além de prejudicar a economia do Estado e dificultar o abastecimento das cidades, a vazante acentuada dos rios no Amazonas está favorecendo a prática de crimes ambientais em algumas bacias hidrográficas do Estado.

A avaliação é de técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis, que anunciaram o início da nova fase da operação Tabuleiro II, nas regiões do Médio e Baixo Rio Purus, no Amazonas, e apresentaram um balanço da fase anterior dos trabalhos.

De acordo com este balanço, entre 7 de agosto até 19 de setembro, foram lavrados multas de mais de R$ 250 mil nas duas regiões do Purus, com a soltura de 25 quelônios, apreensão de veados e de ovos de jacarés e quelônios.

Também foram apreendidos sete botes de seis metros de comprimento, cinco motores de popa, uma balsa, um barco de madeira de 18 metros de comprimento, duas canoas e duas rabetas (motor que fica acoplado ao casco do barco), usados em pesca esportiva dentro da Terra Indígena Baixo Marmelo.

“O Ibama fiscaliza e, ao mesmo tempo, apoia quem deseja trabalhar na legalidade. A observação e o monitoramento das áreas do PQA e de seu entorno possibilitam a reprodução de quelônios das mais diversas espécies, tartarugas, traçajás, iaças e coíbem a sua captura de forma ilegal”, explicou o coordenador da operação Cícero Furtado.

O agente do Ibama destacou a parceria, ao longo da operação, com o Programa Quelônios da Amazônia (PQA). A parceria é responsável pela recuperação e soltura de mais de 100 milhões de filhotes de quelônios em rios da região em que o programa atua.

A vazante é a temporada ideal para a prática de crimes ambientais contra a fauna aquática porque muitas espécies são pegas desprevenidas e ficam presas em lagos e em regiões que ficam mais expostas a presença do homem.

Bosco Cordeiro:
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