Jayoro em Destaque: Contribuições, Desafios e total vinculação desta com o Desenvolvimento de Presidente Figueiredo.

 

Uma representativa comitiva, liderada pela prefeita Patricia Lopes e composta pelos vereadores Marcos Nascimento, Thales Pacheco, Tharlisson Barros, Ronaldo Macarrão, Assis Arruda, Raimundinho Vidraceiro, Haroldo Bittar, e diversos secretários municipais, realizou visita detalhada à empresa Jayoro, situada no município de Presidente Figueiredo. O objetivo da visita, além de mergulhar nos processos de produção de álcool, açúcar e extrato de guaraná, ressaltando a significativa contribuição da Jayoro para o setor primário local.e estadual, também buscava saber, da direção da Jayoro, os reais motivos da redução de postos de trabalho, do ano de 2019, até a data atual.
A prefeita e os vereadores observaram que houvera redução de pelo menos 200 vagas de trabalho, que somadas ao ingresso de pelo menos mais 100 a 150 novos adolescentes que atingem a maior idade, que concluem o curso técnico no IFAM e/ ou concluem o ensino fundamental ou a faculdade, elevam o % de desempregados no município, aumentando os índices de ocorrências policiais, envolvimentos com drogas, etc., além de reduzirem, significativamente, as vendas no comércio local, que é a atividade econômica principal do município.

Sob a coordenação de John Lira – membro do comitê de representação dos trabalhadores da Jayoro e acompanhados pelo engenheiro Fabrício, a comitiva foi recepcionada pelo superintendente Waltair Prata Carvalho, que está no comando local da Jayoro, desde o ano de 1999, ou seja, há 24 anos, que guiou a visita, proporcionando insights valiosos sobre as operações da empresa. A jornada incluiu uma imersão nos complexos processos de produção, desde a plantação até a colheita e beneficiamento da cana-de-açúcar e guaraná.

Waltair Carvalho compartilhou a filosofia da empresa, evidenciando, não apenas sua importância na produção agrícola, mas também o comprometimento com o desenvolvimento local. Destacou o programa de formação de mão-de-obra, iniciado em 2010, quando da suspensão da queima da palha da cana, o que exigiu a plena mecanização da colheita, carregamento e transporte da cana, com ênfase na capacitação de operadores de colhedoras, trator, caminhões canavieiros e de apoio, com objetivo de garantir contratações de mão-de-obra do municipio, que mudou sua força de trabalho, tornando-a cada vez mais especializada.

O superintendente detalhou como iniciaram o ambicioso projeto “Universidade do Guaraná”, que pretendia desenvolver os produtores agrícola de PF, doando-lhes mudas de guaraná, treinando-os e capacitando-os para a produção de SS -sementes secas de guarana, que teriam sua compra garantida pela Jayoro ou Recofarma, visava a agricultura sustentável do guaraná. Contudo, esse projeto foi substituído pelo programa “Olhos da Floresta” da Recofarma.

A Jayoro explicou que 100% da area que ja estava antropizada, desde a decada de 70, ja fora ocupada com as culturas da cana e do guarana, que passaram a gerar retorno social e econômico para o município. A expansão destas areas de plantio, embora legalmente respaldada pela legislação ambiental, que prevê até 20% de area de uso, não faz parte dos planos futuros da Recofarma, parceira maior da Jayoro, que considera que mesmo sendo legal, não seria ético, pois implicaria em retirar Floresta para plantar cana ou guaraná.

A prefeita Patricia Lopes expressou preocupação com o possível aumento do desemprego no município, especialmente diante das incertezas que de vez por outra geram incertezas pela possibilidade de acabarem com os beneficios fiscais da Zona Franca, o que poderia culminar com a saída da Recofarma do Amazonas. Ela pede que a Jayoro e a Recofarma intensifiquem e ampliem a parceria com a prefeitura, expandindo vagas de trabalho com novos projetos a serem vinculados ao Complexo Jayoro.
O superintendente posicionou que ja estão avaliando a implantação, no curto prazo, do projeto do “Café Robusta Amazônico” com 500 a 709 hectares, e a expansão do guaranazal, das atuais 153.000 plantas, para até 500.000 plantas, agora que o preço do guaraná disparou.

A visita não apenas revelou a complexidade da operação da Jayoro, mas também ressaltou a interdependência entre a empresa, o poder público e a comunidade. O compromisso conjunto em enfrentar desafios e promover o desenvolvimento sustentável foi evidente, destacando a necessidade contínua de diálogo e colaboração entre os setores público e privado.

Por: Bosco Cordeiro

 

 

 

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