Os idosos aposentados também enfrentam problemas com a estrada do ramal para escoar a produção
MANAUS (AM) – Desde 2021, o casal Cilo Dantas de Araújo, de 75 anos, e Maria de Fátima Santos de Araújo, de 70 anos, vivem um drama, diariamente, com a falta de energia elétrica na comunidade Unidos Venceremos, ramal Rio Branquinho, a 67 quilômetros de Manaus, na BR-174.
Os idosos moram no local há 22 anos e, há três anos estão enfrentando sérios prejuízos financeiros com a falta de energia constante. Eles moram em um terreno deles reconhecido e documentado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Não somente eles, mas cerca de mais de 500 famílias de agricultores do ramal que residem na ZF4 e cultivam mandioca, banana, coco, além das frutas típicas da Amazônia como o tucumã e o rambutão, estão tendo prejuízos.
“Meus avós idosos estão sofrendo demais com o total descaso em relação a energia pública. A produção dos agricultores está se acabando e a comida estragando. A energia funciona apenas uma vez na semana e passa cinco dias sem. Há muitas famílias que sobrevivem ali, e a maioria está passando sérias dificuldades por falta de energia.”
Denuncia Matheus Freitas, neto do casal.
De acordo com o empresário, além da falta de energia, os agricultores enfrentam problemas com a estrada do ramal para escoar a produção.
“O tratamento é desumano para quem paga todo mês as contas altíssimas naquele lugar, me ajudem! Meus avós resolveram se mudar para a área rural para ter paz, e na verdade, só estão tendo muita dor de cabeça”, apela o neto.
Matheus Freitas, de 23 anos, conta que inúmeros apelos foram feitos para a empresa Amazonas Energia quanto a falta de eletricidade no ramal Rio Branquinho, e nada é feito. No entanto a conta chega todo mês e o pagamento é realizado dentro do prazo de vencimento.
“Sem energia não tem como puxar a água do poço para ajudar no cultivo das frutas. Meus avós produzem polpa de frutas para a venda, e sem energia tudo estraga nas geladeiras e no freezer. Sem eletricidade, meus avós e outros agricultores ficam totalmente isolados pela falta de comunicação. Isso é muito preocupante por serem idosos”, relata Matheus.
Registro de ocorrência
Em conversa com o Portal RIOS DE NOTÍCIAS, a assessoria da Amazonas Energia informou que o cliente precisa registrar a ocorrência para a central de atendimento da empresa. Dessa forma, quando for registrado, vai gerar o número de protocolo. Mediante o registro formal protocolado, uma equipe será encaminhada para fazer uma varredura no ramal e, assim, detectar o problema por ser quilômetros de ramal.
É importante fazer o registro por parte do cliente para a que a empresa possa agilizar o serviço e normalizar no tempo mais breve possível. O Call Center 0800 701 3001 (WhatsApp) ou pelo site.