Presidente Figueiredo (AM) – 06 de dezembro de 2024
Em uma triste ocorrência, um bebê de apenas 1 mês e 15 dias perdeu a vida em Presidente Figueiredo, após ser vítima de maus-tratos. A criança estava internada no hospital municipal da cidade, onde foi diagnosticada com sinais claros de negligência. Segundo informações fornecidas pela equipe médica, o quadro da criança era grave, com indícios de maus-tratos, o que levou à intervenção das autoridades.
O caso começou quando a equipe médica do Hospital Municipal Eraldo Neves Falcão, ao receber a criança identificada como Richarllison de Souza Macedo em estado grave, suspeitou de maus-tratos. A criança havia sido apresentada por um casal como seus pais biológicos, mas suas explicações inconsistentes e a falta de documentação da criança levantaram desconfiança. Foi nesse momento que a conselheira Lurdinha foi acionada para acompanhar a situação.
Com grande dedicação, Lurdinha Xavier iniciou a investigação, ouvindo as versões dos adultos e questionando as informações fornecidas. O casal Graciene da Silva e Silva (41 anos) e Marcos Pereira de Souza (42 anos) alegava que o bebê havia nascido em casa e que o pai havia realizado o parto, mas conforme a conselheira foi aprofundando a apuração, surgiram contradições nas declarações.
Com o apoio da Polícia Civil, foi descoberto de que o casal não era, de fato, os pais biológicos da criança. Eles haviam adotado o bebê quando ele tinha apenas três dias de vida, e a criança era filho de Ellen de Souza Macedo (17 anos), sobrinha de um dos envolvidos. Durante a apuração, foi constatado que a criança não estava sendo amamentada corretamente e estava com o esquema de vacinação atrasado, o que gerou preocupações sobre a falta de cuidados adequados. A negligência no atendimento básico à saúde e bem-estar da criança foi um dos fatores apontados pelos médicos e pelas autoridades como determinantes para a morte do bebê.
Dr. Valdnei Silva (Delegado Titular 37 DIP
O delegado Dr. Valdnei Silva, responsável pela investigação, determinou o flagrante do casal pelos crimes de maus-tratos, dada a gravidade da situação e a morte do bebê. A Polícia Civil continua investigando o caso, com o objetivo de esclarecer todas as circunstâncias que levaram ao falecimento da criança.
Lurdinha também ressaltou a importância de legalizar as adoções no município, alertando para o risco de situações como essa, onde crianças podem ser colocadas em risco sem o devido acompanhamento e validação legal.
Por: Portal do Urubui