Com a proposta de conduzir público e jurados a um mergulho nas profundezas dos rios amazônicos, a agremiação apresentou a lenda da batalha entre Cobra Honorato e Caninana, um dos mitos mais marcantes da cultura amazônica.

As alegorias gigantes e iluminadas transformaram a arena em um verdadeiro espetáculo visual, recriando o ambiente do “desconhecido do fundo do rio”. No cordão principal, os cirandeiros surgiram caracterizados como seres aquáticos que emergiam do módulo central, em perfeita harmonia com o enredo.

O espetáculo também exaltou a cultura indígena, contando com a participação especial do pajé do Boi Garantido, Adriano Paketá, em uma celebração que uniu elementos da cultura popular e da identidade ancestral dos povos da floresta.

De acordo com o presidente da ciranda, Renato Teles, a preparação para a apresentação foi intensa, com quase um ano de ensaios e planejamento detalhado.

Representando as cores vermelha, azul e branca, a Guerreira Raça Mura, Húrsula Freitas, destacou a emoção da apresentação e a confiança na busca pelo bicampeonato: “O coração foi a mil. A nossa Ciranda veio linda, belíssima e fizemos uma apresentação completa para conquistar o título”, destacou.

O bailarino Algerlan Said, puxador do cordão principal, ressaltou a dedicação da agremiação durante todo o ano.

Programação

O Festival continua neste sábado (30), com a apresentação da Ciranda Tradicional, a partir das 21h, no Parque do Ingá. Após a ciranda, às 1h15, o público poderá acompanhar no palco alternativo o show de Fernando Sales e da banda Naquele Pique Forró.

Fechando o evento, a Ciranda Flor Matizada se apresenta no domingo (31/08), também a partir das 21h, no Cirandódromo. O encerramento do festival terá ainda os shows de Delírios do Samba e Mikael e Banda.

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