Divulgação/Corpo de Bombeiros de Roraima

Segundo o Corpo de Bombeiros de Roraima, vítimas estavam pescando no momento do acidente com a canoa

O naufrágio de uma canoa em Roraima deixou quatro pessoas mortas no último sábado. O acidente ocorreu em um braço do Rio Água Boa, localizado a aproximadamente 40 quilômetros do município de Caracaraí, no sul do Estado. As vítimas fatais eram crianças e adolescentes.

O Corpo de Bombeiros de Roraima localizou neste domingo (27) os corpos de três crianças e adolescentes. Uma menina de 12 anos chegou a ser socorrida no momento do naufrágio , mas não resistiu e morreu posteriormente.

A embarcação transportava dez pessoas, sendo três adultos. Os demais eram crianças ou adolescentes, com idade entre 4 e 14 anos. A família fazia uma pesca no Rio Água Boa no momento do acidente com a canoa.

De acordo com informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros de Roraima , a canoa estava superlotada. Os sobreviventes relataram aos bombeiros que, quando um dos adultos pegou um peixe, as crianças se assustaram e, com o movimento, a embarcação acabou virando. Por meio de panfletos, os bombeiros prometem intensificar a conscientização de segurança nos barcos.

 

Outras ocorrências

O número de acidentes com embarcações no Brasil entre janeiro e agosto deste ano é 12,63% maior do que no mesmo período do ano passado. Foram 107 ocorrências nos oito primeiros meses de 2017, contra 95 de 2016 . Os dados são da Marinha.

Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos ocorreram 1.289 mortes em acidentes com embarcações no País. Os estados do Norte foram responsáveis por 708 mortes, cerca de 55% do registro nacional. Somente no Pará (186) e no Amazonas (421), em uma década, 607 pessoas morreram em ocorrências do tipo. No mesmo período, a região Sudeste contabilizou 185 mortes, de acordo com a pasta.

As estatísticas revelam que 72% dos casos ocorreram por imprudência, imperícia ou negligência.  Apesar do aumento nos primeiros oito meses de 2017, a Marinha informa que entre 2015 e 2016 os registros diminuíram. No ano passado, foram 898 contra 998 em 2015. Ao mesmo tempo, o número de embarcações inscritas cresceu gradativamente nos últimos três anos

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Para evitar novas ocorrências de naufrágio, a Força Naval assegura que vem promovendo diversas ações de fiscalização e conscientização por meio das Capitanias dos Portos, bem como suas delegacias e agências existentes no país, mas alerta que “é necessário que os aquaviários e amadores façam o seu papel, contribuindo para que nossas águas estejam cada vez mais limpas e seguras”.