SSP apura denúncia de ameaças de morte a vereadores do AM; prefeito nega acusação
Polícia Civil foi acionada para investigar o caso. Vereadores afirmam que pessoas ligadas ao prefeito de Pres. Figueiredo estariam fazendo ameaças. Prefeito Romeiro Mendonça negou o crime
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP) determinou nesta semana a abertura de uma investigação para apurar denúncias de ameaças de morte a vereadores de Presidente Figueiredo (município a 117 quilômetros de Manaus). Os parlamentares alegam sofrer perseguição feita por pessoas ligadas ao atual prefeito, Romeiro Mendonça. Em nota, o prefeito negou as acusações nesta quarta-feira (10).
De acordo com a SSP, as ameaças seriam represálias por conta da revelação de possíveis irregularidades na locação de um imóvel da prefeitura. Segundo os vereadores, entre março de 2017 a janeiro deste ano já teriam sido pagos R$ 275 mil sem que a prefeitura utilizasse o local.
Ainda segundo o órgão, o vereador Jonas Castro Ribeiro disse que além das denúncias relativas ao imóvel, as intimidações teriam ganhado força com a cassação do prefeito e vice-prefeito em novembro de 2017. O grupo de parlamentares que diz sofrer ameaças é da oposição ao prefeito, formado por Anderson Leal (PMDB), Patrícia Lopes (PMDB), Assis Arruda (PSDB) e Inês Sampaio (PSB).
A SSP informou que o caso será investigado pela Polícia Civil.
Prefeito rebate acusações
Em nota, o prefeito Romeiro Mendonça afirmou que tanto ele quanto o vice-prefeito, Mário Abrahão, “não compactuam e repudiam veementemente esse tipo de conduta, bem como não têm conhecimento dessas posturas partindo de pessoas que fazem parte do seu meio social e profissional”.
Mendonça informou ainda que sobre as supostas irregularidades em imóvel alugado pela prefeitura, os contratos estão à disposição da população e dos órgãos para comprovação.
“Em todo caso, Romeiro e Mário reafirmam seu compromisso com a verdade, colocando-se à disposição para colaborar no que for necessário, até que os responsáveis do possível delito sejam responsabilizados”, informou a assessoria de imprensa do prefeito.
Prefeito e vice ainda declararam que “diferente dos vereadores de oposição, não usam de mecanismos maledicentes para se promover”.
“Se existe violência por parte de algum grupo político em Presidente Figueiredo – o que é de total conhecimento da população – não se trata da nova administração. Ao contrário do vereador Jonas Castro, responsável pela denúncia e líder do grupo de opositores, que não pode gozar do mesmo privilégio devido possuir extenso histórico criminal no município”.
A nota diz ainda que as acusações do grupo de vereadores são “folclóricas” e “fantasiosas”.
“Nesta denúncia, em específico, se percebe, mais uma vez, a base opositora tentando a todo custo envolver o nome da atual gestão em escândalos, que nada tem a ver. É importante lembrar que já se tornou uma prática comum desses adversários asssociar a imagem do prefeito e do vice-prefeito de Presidente Figueiredo a histórias folclóricas e fantasiosas, com o intuito de criar tumulto e manchar a reputação dos gestores. No entanto, a administração municipal sempre estará disposta a desfazer mal-entendidos e a tornar frustradas tais tentativas de prejudicar a ordem e o bom andamento dos processos democráticos”.
Fonte: https://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/ssp-apura-denuncia-de-ameacas-de-morte-a-vereadores-do-am-prefeito-nega-acusacao