Jovem que morreu após festa rave usou nova droga sintética, diz PCDF
Laudo da Polícia Civil mostra que havia N-Etilpentilona no sangue de Ana Carolina Lessa, substância extremamente perigosa e mortal
A universitária Ana Carolina Lessa, 19 anos, fez uso de droga sintética antes de morrer no dia 23 de junho deste ano. O laudo pericial feito pela Polícia Civil constatou a presença de uma substância extremamente perigosa e mortal no sangue da jovem. A droga é chamada de N-Etilpentilona, semelhante ao ecstasy, só que mais potencializada.
A N-Etilpentilona é nova no Distrito Federal e entrou no registro de entorpecentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017. Ela é comercializada em comprimidos, selo ou líquido. A suspeita é que Carol, como era conhecida, possa ter consumido a droga na festa rave chamada Arraiá Psicodélico, realizada na zona rural do Recanto das Emas. A jovem chegou a ser dada como desaparecida, mas foi localizada na casa de um colega, em Ceilândia.
A estudante de enfermagem teve duas paradas cardíacas e falência renal no hospital. No laudo médico, constam hematomas e escoriações nas pernas e nos braços, além de ferimentos na região genital e no ânus da jovem. Um outro laudo comprovou, no entanto, que não houve abuso sexual.
Segundo a família, Ana Carolina nunca havia utilizado drogas. Assim, os parentes suspeitam que a menina tenha sido forçada a usá-las. “Ela ingeria bebida alcoólica como muitos jovens da idade dela, mas droga, nunca”, disse a mãe, Valda Lessa, em depoimento na 3ª DP (Cruzeiro).
Jovem que morreu após festa rave usou nova droga sintética, diz PCDF
Carol cursava enfermagem Facebook/Reprodução
Aguarde 3 segundos para continuar.
Facebook/Reprodução
Ana Carolina morreu dois dias após participar de festa rave Reprodução/Facebook
Jovem morava com a família em Arniqueiras Reprodução
Carol cursava enfermagem Facebook/Reprodução
Continue vendo após o anúncio
Aguarde 3 segundos para continuar.
Facebook/Reprodução
Ana Carolina morreu dois dias após participar de festa rave Reprodução/Facebook
Jovem morava com a família em Arniqueiras Reprodução
Carol cursava enfermagem Facebook/Reprodução
A 3ª DP, que investiga o caso, vai voltar a ouvir os produtores do evento para apurar se houve negligência no atendimento a jovem. Ao menos 30 pessoas já prestaram depoimento. “Acredito que os jovens estejam usando essa droga nova pensando que é ecstasy. Mas ela é muito mais perigosa e letal”, disse a chefe da unidade policial, Cláudia Alcântara.
Alucinações
O estudante Isaac Barbosa da Silva, 20 anos, viu Ana Carolina na festa e estranhou o comportamento dela. Segundo ele, a universitária aparentava estar fora de controle.
Isaac conhecia Ana Carolina, mas não chegou a ir com ela para a festa. O rapaz conta que, depois desses episódios, só voltou a ver a jovem às 14h de domingo (24/6), já no estacionamento da Fazenda Ferradura, onde ocorreu a rave.
“Eu até me assustei, porque, nas condições que eu a vi à noite [no sábado, 23], achei que ela já estivesse em casa. Estava um pouco machucada, mas parecia bem melhor. Estava até dançando um pouco”, disse.
Um outro colega garantiu ter visto a universitária ingerindo um sedativo conhecido como cetamina. Em seu estado natural, a substância é usada como anestésico em animais de grande porte; associada a álcool ou drogas sintéticas, é apelidada de Special K. A mistura se torna alucinógena e possivelmente letal.
Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/jovem-que-morreu-apos-festa-rave-usou-nova-droga-sintetica-diz-pcdf