Adolescente mata prima de 1 ano e diz que ‘ouviu voz’ ordenando disparo, no Acre

 

Meline Ramalho foi morta com um tiro no rosto no Acre Foto: Blog do Accioly / acciolytk.blogspot.com
 

Uma menina que completou seu primeiro ano de vida no último domingo morreu, dois dias depois, ao ser atingida por um tiro de espingarda no rosto dentro de casa na comunidade rural Lago Novo, próxima da cidade Tarauacá (AC), a 408 quilômetros de Rio Branco.

O autor do disparo é um primo adolescente da vítima, disse a professora Verônica Oliveira, mãe da pequena Meline Ramalho, em entrevista publicada nesta sexta-feira no canal do YouTube do jornalista Raimundo Accioly, que escreve para o Blog do Accioly.

A informação que circula na região é que o jovem disse ter ouvido uma voz que o ordenava a atirar na criança.

“Ele falou, não para mim, mas para outras pessoas lá que o Satanás mandou ele atirar na minha filha. (A voz) disse que tinha que ia atirar nela ‘porque ela não merecia viver’. Ele disse que não ia atirar nela, ia atirar nele, mas não é bom com a arma, disparou”, contou Verônica, muito emocionada. “Na terça-feira a gente comprou as coisas para fazer o aniversário dela. A gente não via a hora de chegar em casa para ver o sorriso dela. Ela era muito amada por todos”, acrescentou.

De acordo com informações do portal “G1”, os pais de Meline prestaram depoimento nesta sexta-feira na delegacia de Tarauacá, onde o caso foi registrado no dia seguinte à morte da bebê, quando ela foi sepultada pela família. O delegado Valdinei Soares ressaltou, porém, que neste caso o exame de necropsia deveria ter sido feito.

Segundo Soares, o adolescente apontado como o autor do disparo deverá ser ouvido na próxima semana, assim como os pais dele e alguns moradores. Quando a menina foi morta, os pais da vítima, ambos professores, estavam trabalhando. Naquele momento, estariam na casa a mãe do adolescente e outros jovens, conforme informou Verônica.

O delegado disse ainda que os pais do suspeito podem responder criminalmente por omissão de cautela e que ainda não se sabe se a espingarda era legalizada.

“Nesse momento eu quero que a Justiça seja feita, e que as pessoas não deixem seus filhos pegarem em arma de fogo, que tenham mais cuidado. Uma criança não pode estar com uma espingarda de forma alguma. A gente jamais esperava isso dele, jamais. A gente alerta os pais, principalmente na zona rural, que o pessoal pensa que a criança já tem cabeça pra lutar com esse tipo de arma, e não pode”, frisou Verônica.

https://extra.globo.com/

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