Desvio Criminoso: Cestas Básicas de Ajuda Humanitária para Vítimas da Seca são Usadas para Compra de Votos em Presidente Figueiredo

Ação policial apreende 989 cestas básicas suspeitas de compra de votos em Presidente Figueiredo

Presidente Figueiredo, AM – Em uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar, comandada pelo delegado Dr. Valdinei Silva, agentes do 37º Distrito Integrado de Polícia (DIP) apreenderam 1.160 cestas básicas na zona rural de Presidente Figueiredo, nesta terça-feira (1º). O material estava armazenado sob uma lona azul, na varanda de uma residência localizada na comunidade de Maroaga, às margens da Estrada AM 240, Km 07.

A ação foi desencadeada após uma ordem da Justiça Eleitoral, que investigava a suspeita de que as cestas seriam utilizadas para a compra de votos. A operação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros para o transporte dos itens, que foram levados para uma sala na unidade da corporação, onde permanecerão sob custódia até o desenrolar da investigação.

A equipe do 37º DIP foi ao local após receber a ordem judicial e confirmou a presença das cestas básicas, que foram encontradas na residência de Rodrigo Machado Belai, de 30 anos. A polícia investiga se Belai teria ligação direta com uma candidata a vereadora da coligação “A Força da União que Vem do Povo”, onde supostamente, seria um apoiador.

Além disso, fotos divulgadas nas redes sociais mostram Rodrigo e sua esposa, que trabalha como professora em uma escola municipal, em uma relação de proximidade com a prefeita Patrícia Lopes, atual candidata à reeleição. A prefeita, contudo, ainda não se manifestou sobre o caso.

As cestas básicas teriam sido enviadas ao município como parte de um programa de ajuda humanitária para famílias afetadas pela estiagem que assola a região. O uso dessas doações para fins eleitorais é a principal linha de investigação conduzida pela polícia.

O uso de recursos destinados a auxílio humanitário para fins eleitorais é um crime grave, e as autoridades prometem tratar o caso com rigor. “Desviar ajuda de quem precisa para explorar politicamente a vulnerabilidade da população é um abuso inadmissível”, destacou uma fonte policial.

Por: Portal do Urubui

 

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