Duas pessoas morreram por Covid-19 no Amazonas em janeiro

 

Pessoas com mais de 60 anos e crianças com menos de um ano são as que mais registraram a doença

03/02/2025 às 12:16.

Atualizado em 03/02/2025 às 12:16

 

(Foto: Agência Brasil)

 

A região Norte do Brasil fechou janeiro com tendência de alta nos casos de COVID 19, segundo dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os idosos e crianças com menos de um ano de idade são os mais atingidos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Amazonas, que já contabiliza duas mortes. 

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) divulgou os dados do mês passado nesta segunda-feira (03). Trata-se de um balanço do quadro epidemiológico sobre os vírus respiratórios no estado que registrou do dia 1º de janeiro ao dia 1º de fevereiro 309 notificações de SRAG (sendo 108 por vírus respiratórios) e 2 óbitos. 

O levantamento demonstrou que, no intervalo das últimas três semanas, há duas faixas etárias majoritariamente atingidas: pessoas com 60 anos ou mais (28,7%) e menores de 1 ano (28,7%). Os outros grupos tem uma proporção menor com 1 a 4 anos (13,9%); 40 a 59 anos (12%); 20 a 39 anos (8,3%); 5 a 9 anos (6,5%); e 10 a 19 anos (1,9%).

Ainda nas últimas três semanas, os vírus respiratórios mais identificados em amostras laboratoriais foram: coronavírus SARS-CoV-2 (64,4%), rinovírus (28,4%), adenovírus (8,1%), vírus sincicial respiratório (1,9%), metapneumovírus (1,8%), influenza B (1,5%), influenza A (1,1%),  parainfluenza (1%), entre outros.

De acordo com a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”

 Tendencia de novos casos 

 O Boletim Infogripe, da Fiocruz, identificou até o dia 25 de janeiro 900 de casos graves de SRAG por covid-19 em todo o país e pelo menos 287 pessoas morreram pela síndrome causada por algum vírus respiratório este ano, no Brasil. Desse total, 78,7% (225) dos óbitos estão relacionados ao SARS-CoV-2 (covid-19). 

Os dados dessa última atualização sugerem que há tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Além disso, os pesquisadores também acreditam que o alerta reforça a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível esta se espalhando.

 Rede de Assistência

 A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES) informou através de nota que conta com 17 unidades de referência para atender a população, com equipes capacitadas para prestar total assistência. Também disse que rede de assistência hospitalar da pasta desenvolve “estratégias essenciais no controle de SRAG” como: triagem de sintomáticos respiratórios, testagem rápida para diagnóstico de Covid-19, exames laboratoriais para identificação de outros vírus, bem como exames de imagem e tratamento, conforme o quadro clínico do paciente.

A nota também destacou a importância de, no início dos sintomas gripais, beber bastante água, para se manter hidratado; usar máscara e buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Em casos mais graves, buscar atendimento hospitalar. Já a FVS-RCP orienta que, para prevenir as síndromes respiratórias, é fundamental adotar medidas simples, como a higienização frequente das mãos, a prática da etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar), evitar aglomerações e estar vacinado. 

O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.

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