Benefícios da atividade física por Lilian Daniel
Antes de começar a escrever eu pensei muito em qual tema abordar, principalmente por saber que temos este veículo poderoso de alcance ao nosso favor, a internet, que nos possibilita criar asas e não possui barreiras geográficas para a utilização da informação, principalmente para quem precisa de um empurrãozinho extra quando se trata de iniciar ou até mesmo manter-se em uma rotina de exercícios. Utilizando alguns dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e algumas diretrizes da OMS – Organização Mundial de Saúde, venho informar sobre os males da provocados pela Inatividade Física, mais conhecida como “Sedentarismo” ou “Vilã do Século XXI”. Dados apontam que menos de 40% dos brasileiros praticam algum esporte ou atividade física. Ainda somos minoria, portanto o meu artigo de hoje vai especialmente para esse público que ainda não se convenceu de que é necessário movimentar o seu corpo para ter qualidade de vida e saúde. E pra quem já o faz, segue aqui o meu conselho: continue!
Benefícios da atividade física
A atividade física de intensidade moderada – como caminhar, pedalar ou praticar esportes – traz benefícios significativos para a saúde. Em todas as idades, os benefícios de ser fisicamente ativo superam os eventuais danos, decorrentes de lesões, por exemplo. Um pouco de atividade física é melhor do que nenhuma. Ao se tornarem mais ativas ao longo do dia de maneiras relativamente simples, as pessoas conseguem facilmente atingir os níveis recomendados.
Níveis regulares e adequados de atividade física:
Melhoram o condicionamento muscular e cardiorrespiratório;
Aumentam a saúde óssea e funcional;
Reduzem o risco de hipertensão, doença cardíaca coronária, AVC, diabetes,
Câncer de cólon e de mamas e depressão;
Reduzem o risco de quedas, bem como de fraturas de quadril ou vertebrais; e.
São fundamentais para o balanço energético e controle de peso.
Riscos da inatividade física
A Inatividade Física ou Sedentarismo é o quarto principal fator de risco de mortalidade global e provoca 6% de todas as mortes. Somente superada por fatores como pressão alta
(13%) e consumo de tabaco (9%) e tem o mesmo nível de risco que a elevação da
glicose no sangue (6%). Aproximadamente 3,2 milhões de pessoas morrem a cada
ano por falta de atividade física. E isso é muito sério e preocupante.
A inatividade física está crescendo em muitos países, aumentando o impacto das doenças crônicas não transmissíveis e afetando a saúde geral mundo afora. Pessoas pouco ativas têm entre 20% a 30% mais risco de morte quando comparadas com aquelas que praticam pelo menos 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana.
A falta de atividade física é a principal causa de aproximadamente:
21–25% dos cânceres de mama e cólon;
27% da diabetes;
30% das doenças cardíacas isquêmicas.
Motivos para a inatividade física
Os níveis de inatividade física cresceram ao redor do mundo. Grande parte disso veio do aumento no uso dos meios de transporte “passivos”. Alguns fatores ambientais e ligados à urbanização também contribuem para desestimular o aumento das atividades nas pessoas, tais como:
Medo da violência e crime em áreas externas;
Alta densidade de tráfego;
Baixa qualidade do ar, poluição;
Falta de parques, calçadas e instalações para prática esportiva e lazer.
Como aumentar a atividade física?
A sociedade em geral e os indivíduos podem agir decisivamente para aumentar a atividade física. Em 2013, os Países Membros da OMS acordaram com a redução da inatividade física em 10% na plataforma do “Plano de Ação Global para a Prevenção e Controle de Doenças Não transmissíveis 2013-2020″. E muita gente nem ouviu falar disso ainda, porém políticas e planos para o combate à inatividade física têm sido desenvolvidos em
cerca de 80% dos Países Membros da OMS, embora estejam em operação em apenas
56% dos países. Autoridades nacionais e internacionais também estão adotando
políticas em diversos setores para promover e facilitar a atividade física.
As políticas para aumentar a atividade física pretendem garantir que:
Caminhar, pedalar e outras formas de transporte ativo sejam acessíveis e
seguros para todos;
As políticas de trabalho e de ambiente de trabalho estimulem a atividade
Física, e já notamos escritórios funcionais no mercado, onde existe um deslocamento maior entre as áreas de departamentos;
As escolas disponham de espaços e instalações seguras para que os
estudantes possam desfrutar de seu tempo livre de forma ativa;
A Educação Física de Qualidade (EFQ) ajuda as crianças a desenvolverem
padrões de comportamento que os mantenha fisicamente ativos ao longo da
vida; e
As instalações esportivas e de lazer favoreçam oportunidades para que todos pratiquem esportes.
A OMS está desenvolvendo, junto com a UNESCO, um pacote de políticas de
Educação Física de Qualidade (EFQ). Este pacote tem como objetivo aumentar a
qualidade da educação física no mundo e disponibilizá-la a todos.
Vale ressaltar que para praticar alguma atividade física você precisa apenas de disposição e seguir as orientações de um profissional de educação física habilitado. Não temos custo algum com caminhadas, mas com remédios sim, e prepare seu bolso se você não agir agora em prol da sua saúde! A prevenção sempre será o melhor remédio e o mais barato. Saia da inércia e venha fazer parte de uma minoria que se cuida e busca saúde através do movimento e informação. Venha para o lado de cá. Segue de brinde a tabela de recomendação de atividade física por idade. Quanto àquela desculpa de que “não tenho tempo pra isso”, encerro esta coluna te convidando a sair da inércia (atitude!) e refletir sobre a célebre frase do Dr.Lair Ribeiro: SE VOCÊ NAO TEM TEMPO PARA CUIDAR DA SAÚDE, TERÁ QUE ARRANJAR TEMPO PARA CUIDAR DA DOENÇA”
Um grande abraço e fiquem com Deus!
Lílian Daniel – @liliandanielhealth
CREF 965/G-AM e 8635/G-DF