Homens presos em Codajás afirmam que canoísta britânica teria sido assassinada e corpo jogado no rio
Um policial militar que está no município de Codajás (a 240 km de Manaus) apoiando a operação de buscas pela canoísta britânica Emma Kelty, de 43 anos, afirmou que ela foi assassinada. O PM acompanha os policiais civis na região e participou da prisão de três suspeitos, entre eles um menor de idade, no início da manhã desta terça-feira (19).
“Durante o depoimento o menor confessou ter participado e disse que quem matou a britânica foram os outros envolvidos que estão escondidos no mato”, afirmou o PM que pediu para não ser identificado. Segundo ele, outras duas pessoas continuam sendo procuradas na mata.
O policial contou que os suspeitos estão sendo ouvidos na delegacia da cidade. Durante o depoimento, o adolescente revelou que após ter sido assassinada, o corpo de Emma foi jogado no rio Solimões.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil não confirma a versão do PM. Mas, informa que no final da tarde desta terça, será realizado uma entrevista coletiva para dar mais detalhes sobre as investigações que ocorrem na região de Codajás.
A operação de busca da canoísta é coordenada pelo delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Ivo Martins, e pelo chefe do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Mariolino Brito.
Na última sexta (15), ribeirinhos localizaram o caiaque e alguns equipamentos da canoísta britânica abandonados em um banco de areia no rio Solimões, entre os municípios de Codajás e Coari. A área é a mesma onde, em dezembro do ano passado, o delegado Thyago Garcez foi baleado em uma troca de tiros com traficantes e desapareceu.
Viagem
Emma Kelty viajava pelo rio Amazonas e seus afluentes. Ela saiu de Iquitos, no Peru, em junho e seguiria até a foz, no Pará. Toda a aventura era relatada pelas redes sociais.
A canoísta chegou a comentar que seria roubada próximo ao município de Coari. Na postagem não fica claro, mas Emma aparentava estar respondendo a uma pessoa que teria feito o alerta. “Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal”, escreveu.
Uma pessoa comentou o post dizendo que ainda bem que ela “tem um bom senso de humor” em uma situação assustadora.
Um dia antes de sumir, a britânica relatou ter visto de 30 a 50 homens em barcos com “flechas e rifles”. A mensagem estava acompanhada de emojis rindo da situação.