Um barco que funcionava como posto de combustível explodiu e causou incêndio de mais três embarcações no início da noite desta sexta-feira (13) em um porto no município de Anori, a 195 quilômetros em linha reta de Manaus. O incidente aconteceu durante a transferência de combustível entre duas embarcações. Segundo a Polícia Civil, cinco pessoas ficaram feridas, sendo uma em estado grave.

“Houve um incêndio de grandes proporções. Começou num barco pequeno, nesses barcos que vendem combustível. Quando explodiu o barco-combustível (o fogo) se alastrou e pegou primeiro num barco recreio, depois em outro e em mais outro”, disse o jornalista Miguel Pacheco, morador de Anori, por telefone à reportagem.

Foto: Miguel Pacheco

O delegado Paulo Gadelha, titular da delegacia de Anori, confirmou que cinco pessoas ficaram feridas. As identidades delas não foram divulgadas. “Ocorreu no momento em que transferiam gasolina de um tanque para outro, uma prática comum por aqui. O fogo pegou em três barcos e cinco pessoas ficaram feridas, com uma grave”, disse o delegado.

As vítimas do incêndio foram levadas para um hospital em Anori e deverão ser transferidas para Manaus. “As vítimas estão indo para Manacapuru, nossa base mais próxima de Anori, e os bombeiros vão dar apoio levando-as até um hospital de Manaus”, disse o capitão Janderson Lopes, do Corpo de Bombeiros do Amazonas.

Foto: Divulgação

Grandes proporções

Os nomes das embarcações incendiadas são Mirante Nunes, Senador Pinheiro e Comandante Pinheiro. “Foi um corre-corre muito grande. Tiveram que usar até motosserra para isolar a área. Os prejuízos foram grandes, só não foram maiores por causa da ação dos populares. A área foi rapidamente isolada. Jogaram corda, pularam na água. Uma grande correria”, disse o jornalista Miguel Pacheco.

Segundo Pacheco, o porto de Anori onde aconteceu a explosão fica em uma espécie de cidade flutuante localizada longe do perímetro urbano do município. “É um local que eles chamam de Boa Vista. Quando está na vazante (seca dos rios), os barcos atracam lá, e de lá tem que vir de carro para a cidade”, disse.