Após empate heróico, auxiliar desabafa: “Estamos falidos, mas ainda somos o grande Rio Negro”
Substituindo treinador suspenso, Mozart Carlos destaca que por falta de dinheiro e estrutura, garotos do elenco não se preparam como deveriam, e ainda assim conseguem produzir
Por Marcos Dantas — Manaus, AM
Substituindo o técnico José Ribamar, expulso na última rodada, no jogo contra o Princesa, o auxiliar Mozart Carlos saiu de campo empolgado com a recuperação da equipe dentro do jogo, e aproveitou a oportunidade para inflamar o espírito dos jogadores e torcedores, destacando que a preparação do time, por falta de estrutura e dinheiro, está longe da ideal.
Mozart Carlos, auxiliar técnico do Rio Negro — Foto: Marcos Dantas
– A gente chega no estádio acreditando na vitória. O Rio Negro tem que ser respeitado em qualquer situação. Nós estamos falidos, sem diretoria, sem condições mínimas necessárias de treinamento, mas nós somos o Rio Negro, um dos maiores clubes do Norte desse país. Entramos no campeonato na expectativa de ser um dos rebaixados, e hoje temos uma perspectiva de classificação – disse.
Ele acredita que o jogo contra o Princesa, na primeira rodada do segundo turno, no qual o Galo saiu vencendo mas tomou a virada nos minutos finais, serviu para que a equipe ganhasse mais confiança na ideia de jogo, que permaneceu a mesma, embora o time tenha perdidos dois jogadores imporantes, Bombado e Maxsuel, que foram contratados pelo Paulista de Jundiaí.
– Ninguém gosta de derrota, mas o jogo contra o Princesa já deu uma moral para o time. Quem tava no estádio sabe que não merecíamos a derrota. Hoje, primeiro nos organizamos defensivamente. Se o Rio Negro hoje tivesse um centro de treinamento, se esses meninos jogassem dois ou três anos juntos, vocês iam ver o que aconteceria. Perdemos duas peças importantes, mas nos organizamos de novo – completou.
Duelo em família
Para Mozart, ser treinador justo na partida contra o Fast teve um sabor especial. Vindo de uma família de fastianos e campeão com o Rolo Compressor em 2016, na função de preparador físico, neste domingo, pela primeira vez, ele enfrentou Ronan, atacante revelado por ele, considerado um filho do coração.
Na beira do campo, Ronan ouviu poucas e boas de Mozart, afinal, dentro da cancha é cada um pro seu lado.
– Dentro de campo, infelizmente a gente tem que defender as nossas cores. Mas se for pensar na família, o resultado tá bom demais, ainda mais porque ele fez o gol dele. Em casa a gente come uma pizza e comemora – concluiu.
Fonte: https://globoesporte.globo.com/