A esposa de Souza, a comerciante Leia do Carmo, 65, comenta ainda que a quantidade de lixo acumulada costuma levar um mau cheiro para a rua e para as casas que ficam nas proximidades. “Fede muito. É difícil. Quando enche, a água sobe, todo o lixo vem, para e fica assim. Não fazem um tratamento para parar com isso”, comentou.
A doméstica Olímpia Menezes, de 56 anos, caminhava próximo ao Igarapé do 40, via o lixo e lembrava do passado, na tarde de quarta-feira (26). Ela, que mora no bairro desde criança, lembra que costumava nadar no igarapé com amigos e irmãos.
“Eu andava por aqui e vinha pensando. Era uma área bacana. Era limpo. Quando eu era pequena, tomava tanto banho por aqui. Meus irmãos pegavam até peixe. Não era essa coisa horrível que se tornou hoje. As pessoas jogam lixo aí e contribui para isso”, lamentou Olímpia.
De acordo com a Prefeitura, de janeiro a maio deste ano, já foram retirados de áreas verdes ou igarapés, mais de 64 mil toneladas de resíduos, em uma extensão de 781 quilômetros.