SALTO DO IPY: UMA AVENTURA QUE ENCANTA EM PRESIDENTE FIGUEIREDO
Presidente Figueiredo , no Amazonas, localizado à 107 km da Capital Manaus, conhecido como “Terra das Cachoeiras”, por suas dezenas de cachoeiras e corredeiras situadas ao longo das rodovias BR 174 e AM 240, com fauna e flora exuberante, lugar escolhido pelo pássaro Galo da Serra como seu principal habitat, destaca-se no turismo amazônico, por proporcionar aos visitantes, cenários naturais exuberantes.
Em meio a cachoeiras famosas, cenários de filmes e documentários, como Santuário, Iracema, Caverna Maroaga entre outas, a Cachoeira Salto do Ipy reina absoluta na prática do turismo de aventura, por suas trilhas e paredões próprios para rapel, que tanto atraem os aventureiros.
André Maués em sua página “Descobrindo o Amazonas”, assim descreve este fantástico lugar:
Cachoeira Salto do Ipy, Presidente Figueiredo
O Salto do Ipy é um daqueles lugares em Presidente Figueiredo que parece ter saído direto de um filme de fantasia. A grande altura da queda d’água e o seu isolamento lhe conferem um ar de mistério e realçam a beleza do local.
Para chegar até a cachoeira é preciso encarar uma trilha de cerca de 1:15h. Devido ao longo percurso, a presença de um guia é obrigatória. Mas não se deixe assustar pela caminhada, pois o terreno se mantém plano durante boa parte do caminho. E, mais importante que isso, a visão da floresta virgem é sempre deslumbrante: árvores gigantescas e centenárias, cipós com formatos inusitados que se contorcem até o chão e os diferentes tons de verdes que contrastam com o solo forrado com folhas secas e avermelhadas nunca deixam o caminho se tornar monótono.
À medida que nos aproximamos do final da trilha, o barulho da água se torna perceptível. Vislumbramos então o igarapé que, alguns metros adiante, irá formar a cachoeira. As águas límpidas e de cor avermelhada convidam para um bom banho após os primeiros quilômetros de caminhada.
Seguindo em frente, e agora sempre acompanhados pelo burburinho da água, interessantes formações rochosas começam a surgir. Cobertas por uma espessa camada de musgo e folhas secas, as pedras parecem se equilibrar umas sobre as outras. Já nos momentos finais da trilha, nos deparamos com um jardim natural de bromélias que nos conduzem até o início de um barranco. A partir deste momento, o barulho da água se intensifica a cada passo que damos ladeira abaixo.
Eis então que ele surge de maneira imponente: o Salto do Ipy. Despencando de uma altura superior a 20 metros, a cachoeira se revela um gigantesco chuveiro natural, cujo poderoso jato de água se desfaz em meio a enormes pedras que se apoiam umas sobre as outras. O entorno completamente selvagem impressiona pelo grandioso paredão rochoso e pelas diferentes vegetações que parecem brotar das rochas.
No auge da cheia, uma pequena piscina natural se forma e permite alguns mergulhos. Na maior parte do ano, porém, não é possível mergulhar, apenas tomar um ducha debaixo da cachoeira. Mas isso não impede o prazer de admirar a beleza do lugar. As gigantescas rochas que ali se encontram são em sua maioria lisas e podem ser utilizadas como grandes espreguiçadeiras, onde o visitante pode simplesmente deitar e sentir a suave brisa proporcionada pela força da queda d’água, agradecendo em silêncio pela chance de estar em um dos mais belos lugares de Presidente Figueiredo.
Resumindo…
Localização: Km 57 da rodovia AM-240 (Estrada de Balbina).
Como chegar: A entrada do sítio que dá acesso à cachoeira é identificado por um grande tronco de madeira onde está esculpido o nome “Salto do Ipy”. O sítio fica localizado no lado esquerdo da rodovia.
– Para chegar à cachoeira é preciso percorrer uma trilha de 1:15h. Por isso, a presença de um guia de turismo é obrigatória. Você pode contratar um facilmente no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) de Presidente Figueiredo. Eles costumam cobrar o valor de R$150 para um grupo de até 10 pessoas. Já a entrada no sítio custa R$5 por pessoa.
– É imprescindível utilizar sapatos fechados e levar garrafas de água para se hidratar ao longo do caminho.
– Há uma equipe de rapel que de vez em quando costuma praticar a atividade no paredão da cachoeira. Se tiver interesse, você pode se informar no CAT sobre a programação deles.
– A cachoeira é melhor aproveitada durante o auge da cheia, entre os meses de maio e julho. No auge da seca, entre setembro e dezembro, a cachoeira praticamente desaparece. Por isso, não recomendo a visitação nessa época. Se informe junto ao guia como está o nível da água no dia da sua visita.
– No caminho de volta, peça ao guia para levar você até a Ponta da Agulha, um abismo de cerca de 60 metros de altura marcado pela ponta de uma rocha que, segundo os guias, está apontada na direção do norte geográfico da Terra. Se você utilizar uma bússola, eles dizem, a agulha do equipamento se alinha perfeitamente com a rocha, por isso o seu nome.
Ponta da Agulha, um abismo com mais de 60 metros de altura que está apontado para o norte geográfico da Terra. Se você utilizar uma bússola, segundo dizem, a agulha do equipamento se alinha perfeitamente com a rocha, por isso o seu nome.
Texto de André Maués em http://descobrindooamazonas.webs.com/presidentefigueiredo.htm
Fotos: BioTur Amazonas