GOVERNO DO ESTADO NÃO FAZ SUA PARTE E PRESIDENTE FIGUEIREDO TEM NOVE ÓBITOS EM 72 HORAS

A cidade de Presidente Figueiredo está sendo devastada pela pandemia do Covid-19, por um lado, o vírus avança com mais de mil infectados somente no mês de Janeiro. Por outro lado, a economia do município sofre um impacto muito forte com o fechamento do comércio e turismo em cumprimento ao decreto que estabeleceu Lockdown na cidade, seguindo a linha determinada pelo decreto governamental.

Não bastasse isso,  as ações de assistência às pessoas carentes somente agora começaram a ser  operacionalizadas, devido as característica diferenciadas de logística, onde as comunidades rurais são espalhadas ao longo da BR 174, em toda a extensão da AM 240, nas ilhas formadas no lago de Balbina e, por último, ao longo do Rio Uatumã. Sem auxílio federal, o auxílio emergencial estadual, alcança um número inexpressivo de pessoas em estado de vulnerabilidade. A população clama por um auxílio emergencial municipal que ainda está em fase de estudo pelo poder executivo.

A dor e o luto tomaram conta das redes sociais no município, onde o hospital local está com sua capacidade de ocupação totalmente esgotada e, as duas alas destinadas aos pacientes acometidos do Coronavírus, com lista de espera. As duas alas juntas, atendem cerca de 18 pacientes, sendo que onze deles, ficam em uma sala para os que estão em estado mais grave, precisando de UTI que o Hospital Eraldo Neves Falcão não dispõe, estando eles portanto, em “Lista de Espera de Regulação do Estado” e por conta da demora, vindo a óbito.

Todos os nove pacientes que vieram a falecer nas últimas 72 horas, faziam parte desta lista de espera e os onze que aguardam a providência do estado a que sejam imediatamente transferidos para hospitais da capital, contam apenas com providência divina em mantê-los vivos, já que o esforço e a dedicação dos médicos locais é insuficiente diante da necessidade de UTI para que estas vidas sejam salvas.

As providências por parte do Governo Estadual precisam ser imediatas nem que para isso, seja necessário acionar os meios jurídicos a que obriguem  transferência urgente destes pacientes.

Por: Bosco Cordeiro

 

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