Motoristas reclamam de crateras em trecho da BR-174 no Amazonas
Segundo motoristas, pista da rodovia entre Presidente Figueiredo e a divisa entre o AM e RR é a parte mais crítica da BR
MANAUS – Os motoristas que trafegam pela BR-174 têm reclamado dos buracos existentes em vários pontos da rodovia, especialmente entre o trecho que liga Presidente Figueiredo à divisa com o estado de Roraima. Além de prejudicar o acesso e causar danos nos veículos, o problema também oferece riscos aos usuários que precisam, muitas vezes, reduzir bruscamente a velocidade para não cair em crateras.
Única ligação pavimentada entre Manaus e outra capital do país, Boa Vista, em Roraima, a rodovia tem um fluxo intenso de veículos de grandes portes, que levam mercadorias do Amazonas para o extremo-norte do Brasil.
O geógrafo Thiago Neto, de 26 anos, relata que viaja frequentemente pela BR-174, há quase dez anos. Desde 2017, ele tem sido testemunha da deterioração da estrada, cujo trecho mais crítico se estende ao longo de mais de 100 quilômetros de estrada.
A pior parte da rodovia, com certeza, de Presidente Figueiredo até a ponte sobre o rio Alalaú, bem perto da divisa entre o Amazonas e Roraima. A degradação dos asfalto nesse ponto começou a ocorrer já em 2017, e se intensificou bastante a partir de 2018. Para se ter uma ideia, antes eu realizava a viagem de Manaus a Boa Vista em oito horas, agora eu levo 12 horas no mesmo percurso“
, diz o geógrafo.
Neto explica que os pais, o seu Luiz, 64, e a dona Tiana, 57, têm uma casa na capital roraimense, e também trafegam frequentemente pela região. Entretanto, para driblar o problemas de infraestrutura, o casal decidiu trocar o carro por uma moto.
“Para quem tem carro baixo, o risco de prejuízos materiais é muito grande. Então como a pista tem se deteriorado muito ao longo dos últimos anos, eles passaram a optar por viajar de moto, até por ser mais fácil na hora de desviar do buracos, também”, destaca.
Caminhoneiro há mais de 15 anos, Antônio Garcez, de 59 anos, também tem sofrido para levar mercadorias do Amazonas para o a capital e os municípios do interior de Roraima.
Há locais onde a pista é íngreme, e é necessário você ganhar velocidade para conseguir subir estrada acima, mas como existem, em certos trechos, buracos nos ‘pés da ladeira’, a gente acaba não conseguindo ganhar velocidade suficiente e temos de realizar várias tentativas, até enfim, percorrer por esses trechos*, virou um verdadeiro teste de paciência andar pela BR-174“
, afirmou o motorista.
DNIT
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), obras de construção e restauração da BR-174 têm sido realizadas ao longo dos últimos dois anos. Ainda de acordo com Autarquia, os investimentos ultrapassam a marca de R$ 75 milhões.
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