PF bloqueia R$ 30 milhões dos alvos de operação que investiga desvio de recursos públicos

 

Conheça os seis nomes dos investigados por desvio de verba pública mediante nota fiscal fraudulenta

Investigações da Superitendência da Polícia Federal e Receita Federal no âmbito da operação ‘Dente de Marfim’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), tem como principal objetivo reunir mais provas que indiquem o destino dos recursos não recolhidos aos cofres públicos e desviados por meio de emissão de notas fiscais fraudulentas que ultrapassam o montante de R$ 100 milhões

As buscas pelas provas do crime foram feitas na Secretaria Municipal de Limpeza Urbama e Serviços Públicos  (Semuslp), nas empresas Mamute Conservação e Construçao Ltda., Metropolitana Conservadora e Saneamento, no escritório de advocacia Sandoval & Sandoval. E também em mansões dos empresários alvos da operação situadas em condomínios de luxo.

Os alvos da operaçao Dente de Marfim são o ex-auditor da Receita Federal e hoje advogado Sandoval Ferreira Cardoso de Freitas, Sandoval Ferreira Cardoso Júnior, filho de Sandoval, Carlos Edson Oliveira Júnior, Alberto Sérgio Gonçalves da Silva, Leiland Juvencio Barroso Neto e Wilhame Agnelo Abnader Batista. 

Os agentes da Polícia Federal também realizaram buscas na manhã de hoje (22) nas casas de Francisco Cirilo Anunciação Neto, Silas de Queiroz Pedrosa, o secretário municipal  Sebastião da Silva Reis,  conhecido como “Sabá Reis”, Altamir de Souza Moreira, Emerson Costa de Oliveira e o Ézio Ferreira Júnior. 

De acordo com o delegado Sávio Pinzon a investigações são em torno de crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Segundo ele, a fraude consistia na emissão de notas fiscais fraudulentas  para justificar a saída de valores desta empresa. 

“Há indícios participação de agentes pública de troca de favores, cargos e empregos contratados pela Prefeitura De Manaus, disse o delegado. Conforme Sávio, durante a ação foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e R$ 30 milhões de reais dos alvos foram bloqueados.

 

(Foto: Junio Mattos) 

(Foto: Junio Mattos)

Ponto de partida

De acordo com o  chefe da Delegacia de Repreensão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal, João Marcello Uchoa, as  investigações partiram de um relatório financeiro apresentado pela Receita Federal, que identificou irregularidades nas emissões de notas fiscais relacionadas a uma empresa de conservação, construção e pavimentação contratada sem licitação pelo executivo municipal na gestão entre os anos de 2016 e 2020. 

Essa contratação continuou na gestão de 2021 a 2022, sendo encerrada posteriormente. Conforme o delegado as investigações também vão servir para  identificar outros agentes públicos que possam estar envolvidos. “Já há indícios que foram concedidos favores, cargos e empregos em órgãos públicos” disse o delegado.

Segundo Uchoa as investigação conseguiu identificar que uma das empresas chegou a emitir notas fiscais equivalente a 50 mil metros quadrados de vidro, para se ter uma ideia.

“Essa quantidade corresponde ao maior edifício do País, que fica em Balneário Camboriú. Então, é algo que simplesmente não corresponde a realidade“ disse Uchoa. As investigações vão continuar.

 

(Foto: Junio Mattos) 

(Foto: Junio Mattos)

Conhecidos

Dos investigados, o advogado Sandoval Fernando, é um velho conhecido da Polícia Federal. Em 2007 ele foi preso por comandar um esquema de sonegação de impostos federais. Na época o mesmo era auditor fiscal da Receita Federal e por conta disso foi exonerado.

Ézio Ferreira Júnior, é filho do falecido deputado federal Ézio Ferreira. Até o início do ano trabalhava no Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas pediu exoneração. Silas Pedrosa tem ligações com o grupo DB  e já é investigado pelo Ministério Público Estadual.

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