Prefeito de Rio Preto da Eva é preso por porte ilegal de arma em operação da Polícia Federal

 

A operação mobiliza 25 policiais federais, que cumprem 5 mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações.
 

Foto: prefeito Rio Preto da Eva, Anderson José de Sousa

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 28/9, a Operação Emergência 192, visando combater crimes, desvios de recursos públicos e fraude à licitação em contratos firmado pela Prefeitura de Rio Preto da Eva, relacionados à compra de medicamentos hospitalares e uma ambulância, no ano de 2020.

A operação mobiliza 25 policiais federais, que cumprem 5 mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações.

Durante cumprimento cinco mandados de busca e apreensão em Manaus e em Rio Preto da Eva, duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Fontes da PF informaram que um dos presos em flagrante por posse ilegal de arma foi o prefeito Rio Preto da Eva, Anderson José de Sousa, conduzido a superintendência da PF, no Dom Pedro, onde o auto de flagrante foi lavrado. Ele pagou fiança, sendo liberado em seguida.

O segurança do prefeito Anderson Sousa, que não teve o nome revelado, foi a segunda pessoa presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Outro alvo da operação da PF, foi presidente da Câmara Municipal, vereador Henri Braga, residente no residencial Itaporanga 3, em Manaus.

A Investigação

A investigação se iniciou a partir de denúncia que inicialmente questionava a eficácia terapêutica dos medicamentos adquiridos por meio de dispensa de licitação. Adicionalmente, a denúncia levantou suspeitas sobre a idoneidade da empresa contratada, uma vez que sua atividade principal não está relacionada ao setor hospitalar, mas sim ao comércio varejista de materiais de construção.

Durante as investigações, foram apontados indícios de conluio, visto que as propostas apresentadas pelas empresas nas licitações continham similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, sugerindo um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios.

Verificou-se que os sócios das empresas concorrentes mantêm relações pessoais e de confiança entre si, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas. Essas relações indicam a possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios. Bem como, os sócios das empresas investigadas foram, em algum momento, assessores comissionados da Prefeitura de Rio Preto da Eva e possuem vínculos políticos e pessoais com outros sócios das empresas sob investigação.

A análise dos dados financeiros revelou saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, imediatamente após os pagamentos efetuados pela Prefeitura.

As medidas cautelares de busca e apreensão visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre o destino dos recursos. Somadas, as penas dos crimes de fraude à licitação, peculato (desvio de recursos públicos) e associação criminosa podem ultrapassar 19 anos de reclusão.

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