“Clamor de uma Mãe: A Luta Desesperada por Tratamento Psiquiátrico para o Filho Violento” Após ser Agredida por Ele.

“Ele precisa ser internado urgentemente. Se ele não matar alguém, pode acabar sendo morto”

Presidente Figueiredo, 16 de julho de 2024

  A tarde de terça-feira foi marcada por um incidente no bairro Galo da Serra. N. M. A. foi preso em flagrante após agredir violentamente sua própria mãe, L. A. M., durante um surto psicótico. 

Por volta das 15h15, a Guarda Civil Metropolitana foi acionada pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) com a informação de que um homem havia agredido sua mãe. Ao chegar ao local, encontraram  N. M. A. imobilizado por homens do Gersci. L. A. M. apresentava lesões significativas nas costas e na cabeça, sendo imediatamente conduzida ao hospital para os devidos cuidados médicos.

 

A Guarda Civil Metropolitana, que vem acompanhando o caso de N. M. A. desde a última semana, quando ele chegou a ficar internado no Hospital Eraldo Neves Falcão  devido aos seus surtos psicóticos. “Não fomos ostensivos com ele em nenhum momento, pois entendemos que ele está doente”, relatou um oficial da Guarda. 

Histórico de Tratamento e Uso de Drogas

L. A. M. contou que seu filho está em tratamento desde a infância, inicialmente sob a supervisão do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e, mais tarde, no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Manaus. “Ele fazia tratamento desde pequeno, mas o uso de drogas piorou muito a condição dele”. Ela relatou que a combinação de problemas psicológicos e o uso de substâncias tornaram o filho extremamente agressivo.

Os episódios de violência não são novos na vida desta mãe. “Ele já tentou matar o irmão e atacar vizinhos várias vezes”, disse ela. “Já tentou me empurrar várias vezes, mas nunca tinha me batido assim como hoje”. Recentemente, N. M. A. foi medicado para controlar um surto, mas os efeitos dos medicamentos são temporários. “E o médico lá disse que ele não estava em surto. Não ia ficar com ele lá porque ele não estava em surto. Só que ele estava medicado desde a sexta-feira. Tomando medicação pesada. Então, ele não estava em surto naquele momento e mandaram ele de volta para casa”.

Nesta terça-feira, ele acordou agitado, falando coisas incoerentes e ameaçando soltar raios nas pessoas. Ao pedir um celular para assistir a um filme, ele o quebrou contra a parede, sinalizando o início de mais um episódio violento. a mãe tentou acalmá-lo, mas ele começou a quebrar portas e subir no telhado, pegando uma “perna-manca” (peça de madeira) e atacando-a. “Ele bateu na minha cabeça e, aí eu vi que ele ia continuar batendo e eu saí correndo, quando eu saí correndo ele saiu correndo atrás de mim e me atingiu novamente nas costas”, relatou ela, emocionada. Minha sorte foi que os homens do Gersci estavam próximos e foram em meu socorro, contendo ele.

Pedido Desesperado por Ajuda

Em um apelo desesperado, uma mãe de 64 anos busca por ajuda para o tratamento psiquiátrico de seu filho, de 34 anos, que apresenta comportamentos agressivos e sinais de um possível transtorno mental. Ela teme pela segurança de ambos.

“Eu já pedi ajuda para todo mundo. Fui ao CREAS, procurei o pessoal do hospital, e faço acompanhamento no CAPS com ele. A médica deu um laudo, mas um médico em Manaus disse que aquele laudo não confirma esquizofrenia. Tenho quase certeza de que meu filho tem esquizofrenia. Ninguém fala sozinho e diz que alguém mandou fazer coisas do nada. Ele precisa de ajuda urgente”, afirmou a mãe, visivelmente abalada.

Segundo ela, o comportamento do filho tem se tornado cada vez mais imprevisível e violento. “Se ele não matar alguém, ele vai acabar sendo morto. Ele é muito agressivo quando está assim. Eu peço ajuda, pelo amor de Deus. Não consigo cuidar dele sozinha.”

A mãe já tentou internar o filho no CAPS, mas foi informada de que a unidade não dispõe de recursos para mantê-lo internado. “Eles disseram que ele não pode ficar lá, mas ele precisa de um tratamento psiquiátrico contínuo. Eu não sei mais a quem recorrer.”

“Eu venho lutando há muito tempo para conseguir a internação do meu filho. Ele precisa de tratamento psiquiátrico adequado, mas sozinha não consigo cuidar dele”, desabafou. A família já recorreu ao CREAS, CAPS e outros serviços de saúde, mas a resposta tem sido insuficiente. “Ele precisa ser internado urgentemente. Se ele não matar alguém, pode acabar sendo morto”.

Por: Bosco Cordeiro

 

 

 

 

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