Artista venezuelana morta no AM é vencedora do Prêmio Paulo Gustavo da Câmara dos Deputados
Evento aconteceu no Salão Nobre da Casa Legislativa e contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Artista venezuelana Julieta Hernández morta no Amazonas — Foto: Reprodução/redes sociais
A Câmara dos Deputados entregou, na quarta-feira (11), o Prêmio Paulo Gustavo de Valorização do Humor e da Comédia a artistas que enaltecem a cultura brasileira por meio do humor e da comédia. O evento aconteceu no Salão Nobre da Casa Legislativa e contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Entre os agraciados Julieta Hernández (Palhaça Jujuba), artista venezuelana morta em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, em dezembro do ano passado. Também foram homenageados Mussum e Ziraldo, além de dois jovens talentos, Nathalia Ponto Cruz e Paulo Vieira.
O Prêmio, que está em sua segunda edição, foi instituído pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, por iniciativa da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e consiste em um diploma de menção honrosa que reconhece personalidades que impactam a vida das pessoas com o humor.
“A arte e a cultura entretêm, divertem, educam, abraçam, acolhem, emancipam, transformam a vida das pessoas, de quem faz cultura e principalmente de quem usufrui”, declarou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, durante a cerimônia.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), responsável pela indicação de Julieta Hernández (Palhaça Jujuba), destacou a importância de valorizar a palhaçaria no Brasil.
“Eu considerei muito importante valorizar a palhaçaria no Brasil neste momento. São artistas absolutamente sérios, completos, e densos, que trabalham com sentimento, intensidade e profundidade, seja para fazer sorrir, seja para emocionar até às lágrimas”, declarou.
O caso
Julieta desapareceu no dia 23 de dezembro do ano passado, e o Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado no dia 4 de janeiro na Delegacia Virtual do Amazonas (Devir), e encaminhado à 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, cidade onde aconteceu o crime, que iniciou as investigações.
O BO informava que o último contato da vítima com a família teria sido no dia 23 de dezembro, por volta de meia-noite e meia, quando ela teria dito que iria pernoitar em Presidente Figueiredo, e seguiria para Rorainópolis, em Roraima.
De acordo com o delegado Valdinei Silva, no mesmo dia, um morador localizou partes da bicicleta da vítima e acionou a polícia. Quando a equipe chegou ao local, Thiago tentou fugir, mas foi capturado.
Ele e a esposa foram conduzidos à delegacia e entraram em contradição nos depoimentos, e assim confirmaram a autoria do crime. Conforme a polícia, Deliomara confessou que matou a venezuelana, após uma crise de ciúmes. Isso, porque ela prenunciou o companheiro estuprando a vítima depois deles roubarem os pertences dela.
Thiago contou uma versão diferente à polícia. De acordo com o suspeito, a venezuelana e ele usavam drogas, quando a companheira ficou com ciúme, jogou álcool nos dois e ateou fogo.
Ele disse ainda que apagou o fogo do corpo e chegou a procurar um hospital em busca de socorro. No entanto, enquanto isso, a esposa amarrou uma corda no corpo de Julieta, que estava desacordada, arrastou a vítima para uma área de mata e a enterrou.
Depois das contradições apresentadas pelos suspeitos, a polícia chegou em uma conclusão de como a artista foi atacada.
“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, detalhou o delegado.