Cabeça e rabo de peixe que seriam descartados vão virar biodiesel no Amazonas
Pesquisadores do Instituto Transire de Tecnologia e Biotecnologia começaram a produzir o biodiesel que deve ser utilizado como combustível para funcionamento de geradores de energia de um frigorífico
O que você faz com a cabeça e o rabo do peixe que compra? Pesquisadores do Instituto Transire de Tecnologia e Biotecnologia começaram a produzir biodiesel a partir dos restos da matéria-prima que seriam descartados pelo frigorífico Iranduba Pescados, instalado no município homônimo, a 27 km de Manaus.
Entre 20 e 30 dias, a empresa planeja começar a utilizar o combustível para o funcionamento de geradores de energia. Com a medida, o Iranduba Pescados planeja reduzir em até R$ 1,2 milhão por ano o gasto com energia elétrica.
“No frigorífico, hoje, é gasto R$ 150 mil de energia elétrica por mês. Nós tínhamos que pagar para alguém jogar fora a cabeça, a espinha, a pele e o rabo do peixe. Há a despesa da energia elétrica e ainda o que sobrava eu tinha que jogar fora. Agora, uma coisa que era lixo vai trazer uma economia de R$ 100 mil por mês, que é o potencial disso. Porque a energia elétrica vai ser gerada através de gerador. Nos motores movidos a diesel serão colocados biodiesel de peixe, de uma coisa que eu jogava fora”, explica Gilberto Novaes, presidente fundador do Instituto Transire.
A pesquisa para a produção de bioediesel a partir de restos de peixe coordenada pelo Insituto Transire é inédita e pode trazer benefícios diretos ao meio ambiente, além de impulsionar de outras maneiras o setor de pescado.
Fonte: https://www.acritica.com/channels/manaus/news/cabeca-e-rabo-de-peixe-que-seriam-descartados-vao-virar-biodiesel-no-amazonas