ESTUPRO DE VULNERÁVEL: aumenta número de casos em Presidente Figueiredo
Tem sido alarmante o número de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no Município de Presidente Figueiredo, só nos últimos cinco dias, seis casos foram registrados no 37 DIP e isso passou a ser motivo de preocupação do Dr. Valdinei Silva (Delegado Titular) e das Conselheiras Tutelares Lurdinha e Jeciane, já que envolve não só a questão criminal mas especialmente a questão social e familiar das vítimas.
NARRATIVA DOS CASOS OCORRIDOS:
Aliciamento de Menor – Os pais procuraram o Distrito Policial, informando que sua filha de apenas 11 anos, vem sofrendo aliciamento por parte de um rapaz e que este fica abordando a menor nos arredores de sua casa, já tendo tentado beijá-la à força e que chegou a enviar um bilhete onde pede que a mesma deixe a janela aberta para que ele possa adentrar e assim ficarem juntos. Fato esse ocorrido em um bairro na sede municipal.
Cárcere Privado de Menor/Abuso Sexual – A genitora de uma adolescente de 15 anos, procurou o Distrito Policial, narrando que sua filha vem sendo mantida em cárcere privado pelo próprio pai, que a impede de esta ter contato com a mãe já que são separados e que, em uma de suas conversas, relatou vir sendo abusada sexualmente por seu genitor à cerca de dois anos. Fato este ocorrido em Comunidade Rural de Presidente Figueiredo.
Estupro de Vulnerável/Aliciamento de Menor – A denunciante acusa um senhor hoje com 77 anos e pastor de uma igreja evangélica, de a ter estuprado quando tinha apenas 09 anos e, passados 12 anos, o reencontrou na igreja onde chegou ao seu conhecimento, que o mesmo vem abusando sexualmente e aliciando duas jovens, sendo uma delas paciente renal e que ele pratica os busos desde quando ainda eram menores, inclusive se aproveitando do momento em que ela se encontra dopada pelas medicações, sendo que as mães da mesma não acredita que estes fatos estejam ocorrendo. Fato este ocorrido em uma Comunidade Rural de Presidente Figueiredo.
Estupro de Vulnerável/Ameaça – A mãe procurou o Distrito Policial, para relatar que uma de suas filhas de apena 12anos, a procurou contanto ter sido abusada por um rapaz e que este a ameaçou de morte caso contasse do ocorrido. O mesmo mantém uma relação consensual com sua irmã de 14 anos que confirmou a informação, dizendo se relacionar com o mesmo desde quando ainda tinha 13 anos. A s garotas moravam na casa dos avós já idosos, fato este acontecido em uma comunidade rural de Presidente Figueiredo.
Estupro de Vulnerável – a mãe de uma menor de apenas 12 anos, procurou o Distrito Policial para relatar que sua filha mora com o pai e, descobriu através de uma vizinha, que a mesma aparentava sinais de gravidez. Diante disso, levou a garota até uma farmácia onde testou positivo e que a mesma informou que mantém um relacionamento com um rapaz, sendo a relação consensual e que o mesmo assume a responsabilidade dos fatos, dizendo que irá prestar toda assistência a garota. Fato ocorrido em uma comunidade rural de Presidente Figueiredo.
A violência, seja física ou psicológica, é moralmente condenável, pela repulsa provocada na sociedade e atinge todas as classes econômicas, nos mais diversos ambientes e níveis. Existe uma grande dificuldade de se tomar ciência do abuso sexual contra criança e adolescente, tendo em vista o silêncio da vítima e da própria família, seja por medo, omissão ou negligência.
Na sua grande maioria, os casos ocorrem em ambientes domésticos, onde o agressor e a vítima se conhecem, tendo até relações de parentesco. violência sexual pode ou não deixar vestígios físicos, pode ser com ou sem toques físicos. Forçar uma criança presenciar cenas de sexo ou assistir filmes pornográficos constitui-se violência sexual, assim como telefonemas obscenos ou quando um adulto exibe intencionalmente seu órgão genital a vítima ou ainda quando o agressor fica espionando a criança ou adolescente nu.
A produção de provas, no que tange ao crime de estupro de vulnerável, é dificultada pelo silêncio em torno do fato. Geralmente, o Conselho Tutelar só é acionado depois do fato ocorrido, restando ao conselheiro fazer acompanhamento da ocorrência policial e os encaminhamentos aos profissionais especializados como assistentes sociais e psicólogos.
As conselheiras Lurdinha e Jeciane Medeiros, são incansáveis em alertar sobre a importância que os familiares estejam atentos ao comportamento da criança ou adolescente, pois são peças fundamentais para as denúncias, tendo em vista que só através destas que se é capaz de reprimir este
tipo de violação. Para as duas, todo o cuidado com as crianças ainda é pouco, pois nunca se sabe de onde vem o perigo mas alertam, que ao primeiro sinal de mudança de comportamento, o Conselho Tutelar já deve ser acionado para resguardá-los de toda forma de negligência, violência e abuso.
Por: Bosco Cordeiro