Familiares de Henison Diego da Silva Mota, 33,  e Andrielem Mota de Assis, 36, duas das vítimas do incêndio criminoso a uma casa lotérica no , no Centro de Manaus, pedem ajuda para se manter na capital enquanto os dois estão internados. Isso porque os dois, que são primos, são naturais da cidade de Maués, no interior do Estado, e alguns de seus familiares precisaram vir para a capital a fim de ficar perto deles após o ocorrido na terça-feira (16). –

De acordo com Douglas Formiga Mota, irmão de Henison Diego, o pedido de ajuda é referente ao transporte, alimentação. Ele, assim como Andrielem Mota, está internado no Hospital Pronto Socorro (HPS) 28 de Agosto.

Segundo o familiar das vitímas, após serem comunidados com que havia acontecido, a mãe – que há dois anos luta contra um câncer – dele e outros familiares mais próximos deixaram Maués e vieram para Manaus.

“Minha mãe faz tratamento contra o câncer [diagnosticado há dois anos], e ficamos no vermelho devido isso. Precisamos até fazer uma rifa pra arrecadar dinheiro pra ajudar no tratamento dela, e agora em seguida aconteceu isso com nossa família. Estamos fazendo o possível pra não faltar nada pra elas em Manaus, tanto pra alimentação e transporte. Tivemos que fazer o possível pra arrecadar fundos para se manter em Manaus”, afirma Douglas, em entrevista A CRÍTICA.

Debilitada por conta do tratamento e também do que houve com Henison, Rosenilda Mota – a mãe – preferiu não falar.

“Ela já está bem machucada psicologicamente devido o trauma da notícia em saber que estava com câncer, e agora com tudo isso acontecendo ela vive aos prantos. Realmente é triste, mas a realidade é essa estamos passando por momentos muito tristes de verdade”, conta.

Com exceção dessa parte financeira, os familiares das vítimas afirmam que elas estão sendo bem tratadas e recebendo toda a assistência necessária, tanto pela Caixa Ecônomica quanto pelo proprietário da Casa Lotérica. Segundo o Douglas Mota, o estado do irmão de saúde de Henison não tem mudado, permanecendo com entubado com inflamações no pulmões, além de queimaduras externas e Internas. Já Andrielem estaria apresentando um pouco de melhora.

“[Ela] conseguiu sentar por uns minutos. Tá dormindo, só acorda rapidinho e volta a dormir, a médica disse que ela está indo pra um caminho bom. Tá escarrando fuligem da fumaça, o que é bom porque assim vai limpando o pulmão. Dói a garganta, peito e a cabeça quando tosse, porque estão feridos, mas se Deus quiser vai ficar boa e sair logo de lá”, disse.

Sobre as vítimas

Segundo o relato de Douglas Mota, tando Henison quanto Andrielem sempre foram boas pessoas e buscavam ajudar os demais familiares em Maués de toda a forma possível. Tais personalidades torna para os parentes ainda mais difícil imaginar ambos como alvos e vítimas de um atentado como o realizado na última terça-feira.

“Meu irmão é trabalhador, sempre preocupado com a vovó, que ele considera muito com uma mãe. Ele e minha prima sempre mandavam ranchos para a vovó, ajudavam sempre quando podiam. Me ajudava também, inclusive quando eu precisava ele nunca me negava nada”, conta Douglas.

Como ajudar

Os interessados em ajudar a família de Henison Diego da Silva Mota e Andrielem Mota de Assis podem entrar em contato através dos telefones: (92) 98550-8332 (de Douglas), (92) 99503-9878 (de Rosenilda Mota) e (92) 99237-1688 (Vanessa Mota, a esposa de Henison. Quem quiser doar algum valor também pode fazer uma transferência via pix com a seguinte chave: douglasformigamota@gmail.com.

Sobre o suspeito do incêndio

Luiz Domingos Siso, 60, apontado com o responsável por iniciar o incêndio na lotérica no Mercado Adolpho Lisboa, segue internado no Hospital Dr. João Lúcio em estado grave, após ser agredido pela população momentos após as chamas começarem. Mesmo estando na unidade de saúde, ele já teve a prisão preventiva decretada e até as pessoas que o agrediram devem ser investigadas pelo 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), que está a frente das investigações do caso.

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