Amazonas volta a bater recorde e registra mais de 300 queimadas no domingo

 

Faixa com árvores derrubadas e queimadas é vista em trecho da rodovia Transamazônica (BR-230) em Humaitá (AM) — Foto: Michael Dantas/AFP

O Amazonas voltou a bater um novo recorde e registrou mais de 300 queimadas em um único dia. Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), referente ao domingo (21).

Segundo o órgão, foram 301 focos de calor em todo o estado. O fenômeno tem sido registrado em meio a seca que atinge a região e deve ser mais severa do que aquela registrada no ano anterior, sendo a maior da história do estado.

De acordo com o Inpe, no ano passado, nesse mesmo dia, foram registrados apenas seis queimadas em todo o estado. Com isso, comparando os dois anos, houve um aumento expressivo de 4.916% no número de focos de calor.

 

  • 🔥 301 focos de calor registrados no dia 21 de julho de 2024;
  • 🔥 6 focos de calor registrados no dia 21 de julho de 2023;

 

Para o ambientalista Erivaldo Cavalcanti as queimadas se intensificam na Amazônia nessa época do ano devido a um conjunto de fatores.

 

“Isso ocorre devido ao desequilíbrio climático provocado pelo aquecimento global, aliado ao desmatamento e à degradação das áreas naturais. Isso gera o aumento das temperaturas médias e a alteração nos padrões de precipitação, criando assim um calor exacerbado e um corredor de fumaça tóxica”.

 

No consolidado do mês, até o domingo, o estado tem 1.407 queimadas. Em todo o mês de julho do ano passado, foram 1.947. Somente na última semana, foram mais de 800 focos de calor no estado, conforme levantamento do g1.

No ranking das dez cidades que mais queimam no país, duas são do Amazonas. Lábrea desponta na segunda posição do ranking, com 415 queimadas. Já Apuí aparece na 3ª colocação, com 393. As cidades amazonenses só perdem para Corumbá, no Mato Grosso do Sul, que lidera com 456 focos de calor.

 

“Na região sul do estado, por ser considerada a nova fronteira agrícola e pecuária, os indicadores de desmatamento, queimadas e incêndios florestais são maiores, apesar das promessas das autoridades do fortalecimento da fiscalização para combater estes danos”, disse o ambientalista.

O estado está em emergência ambiental devido aos focos de calor. Ao todo, são 22 dos 62 municípios do estado nessa situação. Segundo o estado, durante o período de 180 dias está proibido a prática de fogo, com o sem uso de técnicas de queima controlada.

O cenário que se avizinha parece repetir 2023, quando o Amazonas registrou mais de 20 mil queimadas ambientais, sendo o segundo pior ano desde 1998, quando o Inpe começou a fazer o monitoramento do bioma.

https://g1.globo.com/

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