Dinheiro do assalto ao avião pagador no Rio Grande do Sul parte foi parar em Rio Preto da Eva, no Amazonas

Imagens de câmeras do oubo do avião pagador no Rio Grande do Sul – foto: recorte/vídeo

Um ano após mega-assalto em Caxias do Sul, a Polícia Federal expõe rede de lavagem de dinheiro ligada ao PCC e cita Prefeitura de Rio Preto da Eva como uma das lavanderias do Brasil

Brasília – Passados doze meses do assalto ao avião pagador no Aeroporto de Caxias do Sul (RS) — considerado o maior já registrado no estado —, as investigações da Polícia Federal revelam um sistema ainda mais complexo do que o crime propriamente dito.

Exibida na noite de ontem (14) no programa Domingo Espetacular, na Record TV, o ataque, ocorrido em setembro de 2024, resultou no roubo de mais de R$ 14 milhões, dos R$ 30 milhões que estavam no carro forte. Os criminosos estavam armados com fuzis de uso restrito e táticas militares. Até agora, 39 pessoas já foram indiciadas e 21 presas.

Outros seis criminosos seguem foragidos, entre eles dois apontados como líderes da quadrilha, que, segundo a PF, estariam escondidos na Bolívia.

Assaltantes presos pela Polícia federal – foto: recorte/vídeo

Esquema de lavagem em Rio Preto da Eva

As investigações apontam que o assalto não foi um episódio isolado, mas parte de uma engrenagem criminosa bem mais ampla, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com o delegado Márcio Teixeira, da PF, a organização utilizava ONGs de fachada, empresas de pequeno porte e até contratos públicos municipais para dar aparência lícita ao dinheiro obtido com roubos, tráfico e extorsões.

Anderson Sousa 

Mais surpreendente foi a revelação de que a Prefeitura de Rio Preto da Eva (AM) também esteve envolvida no esquema de lavagem de capitais do PCC em 2023, recebendo R$ 4.990.000,00, ainda na gestão do então prefeito Anderson Sousa (União Brasil).

Documentos e relatórios de inteligência citados na reportagem apontam que repasses irregulares e contratos superfaturados foram usados para movimentar recursos da facção no Amazonas, através de trasações a partir da prefeitura de Rio Preto da Eva, no Amazonas.

pacotes de dinheiro deixado para trás sujo com o sangue do policial morto – foto: recorte/vídeo

 A força do PCC e o desafio das autoridades 

O delegado Márcio Teixeira, ouvido pela reportagem avaliam que a descoberta reforça como o PCC conseguiu ampliar sua influência além das fronteiras de São Paulo, atingindo inclusive administrações municipais no Norte do País.

O caso de Rio Preto da Eva, dizem investigadores, é apenas um exemplo da estratégia da facção em infiltrar-se na política local e no setor público para lavar recursos ilícitos.

O caso está sob investigação, com novos fatos podendo ser elucidados pela Polícia Federal, inclusive com novos implicados no crime de lavagem de dinheiro.

Vídeo do programa Domingo Espetacular, na Record TV

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