Quarentena por coronavírus afrouxou em todas as capitais do país

 

Variação, que ocorreu entre a última semana de março e abril, foi identificada com base na localização de 60 milhões de celulares

 
Entre a última semana de março e os primeiros dias de abril, a diminuição no isolamento da população por causa do novo coronavírus foi o padrão para todas as capitais brasileiras. Mesmo em casos onde a variação foi pequena, houve algum aumento na circulação de pessoas. Nenhuma capital viu as ruas ficarem mais vazias durante a semana passada.
 

variação foi identificada com base na localização de 60 milhões de telefones celulares no país, compilada pela empresa In Loco, e tem sido analisada por pesquisadores brasileiros para determinar a relação do movimento nas ruas com o grau de contágio pelo novo coronavírus.

A equipe de cientistas — que reúne representantes de Ministério da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) — já confirmou que o aumento da reclusão no fim de março evitou infecções e internações. Resta saber o quanto a queda recente do isolamento vai influenciar no número de casos nas próximas semanas.

Entre as dez maiores capitais do país, a que apresentou maior proporção de pessoas circulando nas últimas semanas foi Manaus. A capital do Amazonas é uma das mais atingidas do país pela covid-19. Menos da metade da população se manteve em casa durante a última semana – a média nos dias de semana ficou abaixo dos 48% de isolamento. Nessa terça-feira (07/04), a Secretaria de Saúde amazonense admitiu que espera um colapso no sistema de saúde para os próximos dias, considerando intensidade do contágio e o número reduzido de leitos na cidade.pesquisadores acreditam que a movimentação identificada pela base de geolocalização, com os celulares, é muito próxima da movimentação real dos 220 milhões de brasileiros. “Como estamos trabalhando com uma base de 60 milhões de usuários, provavelmente essa queda que você está vendo de 2%, 3% (entre uma semana e outra ) é uma queda real”, diz o pesquisador Júlio Croda, que participou do estudo.

No Rio, por exemplo, a diferença de quatro pontos porcentuais de uma semana para outra pode significar, portanto, ao menos 252 mil pessoas a mais nas ruas. Em Manaus, a variação pode significar um aumento de apenas 17 mil, mas o que preocupa especialistas é que a cidade manteve um patamar baixo de isolamento em relação ao restante do País, além da baixa quantidade de leitos em relação à população.

Manaus é a única metrópole que se manteve com mais da metade da população circulando na rua mesmo quando considerados os índices do último fim de semana, período em que a reclusão tende a aumentar.

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