MÉDICO CUBANO DO “MAIS MÉDICOS” É PRESO ACUSADO DE TORTURA E ABUSO SEXUAL EM PRESIDENTE FIGUEIREDO

 

Na manhã desta quarta-feira(26), agentes policiais do 37 DIP sob as ordens do Dr. Valdinei Silva, Delegado Titular do distrito de Presidente Figueiredo, em cumprimento a ordem de Prisão Preventiva determinada pelo Dr. Roger Luiz Paz de Almeida, Juiz da comarca local, prenderam o Médico Ricardo Antonio Tellez Grean, 31 anos, acusado de torturar sua companheira e de também torturar e abusar sexualmente seu enteado um menor de 13 anos.

O Médico cubano chegou ao município através do programa do Governo Federal Mais Médicos que busca  levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, e assim, resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão. Desde 2020 Ricardo Antonio exerce a atividade na cidade, atuando mais especificamente na  zona rural, em comunidades localizadas ao longo da AM 240.

As denúncias contra o médico chegaram ao conhecimento do Conselho Tutelar, que imediatamente começou a averiguar a situação e, no momento em que os indícios apontava a veracidade das acusações, o caso foi levado ao conhecimento das autoridades policiais sendo então a mãe do adolescente, que também tem um filho de 03 meses com o médico e o próprio adolescente ouvidos, vindo então à tona, diversas acusações de atrocidades cometidas por Ricardo contra os dois.

No primeiro momento a companheira de Ricardo negou as acusações mas diante da confissão do filho sobre as torturas que sofria na mão do padrasto, ela também resolveu contar o que sofria, alegando não ter falado antes por medo e também por ter dependência financeira do companheiro. Ela já havia denunciado o médico anteriormente por agressão em Vilhena, mas depois retirou a queixa.

Entre as acusações feitas e relatadas pelo menor, muitas delas chocam pela forma como o médico tratava o enteado, obrigando-o a diariamente fazer os serviços domésticos da casa, inclusive cozinhar e sempre que contrariava o médico, era mantido em cárcere privado por até uma semana, só podendo sair para ir ao banheiro. O médico também foi acusado de obrigar o adolescente a massageá-lo para então masturbar-se e fazia questão de manter relações sexuais com a companheira em qualquer cômodo da casa, para que o menor pudesse presenciar a cena. 

A mãe por sua vez, temendo as reações do companheiro que embora não aparentasse ser violento, em muitas oportunidades agia com agressividade contra ela e o filho, chegando inclusive a espancá-lo na cabeça quase causando desmaio no mesmo, acabou por ser conivente com toda essa situação que poderia ver a ter um desfecho mais trágico caso as autoridades não tivessem agido.

Os casos de abuso sexual e de violência contra crianças e adolescentes tem sido frequentes no município, mesmo com todo o esforço do Conselho Tutelar em apurar as denúncias. Além da conscientização, uma das formas mais eficazes de combater abusos e explorações é a denúncia, que pode ser feita por meio do Disque 100, um canal da Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH) que funciona 24 horas por dia. A ligação é gratuita e a identidade do denunciante é mantida em sigilo. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.

Antes da prisão do cubano, Dr. Valdinei Silva já havia solicitado medidas protetivas para a mãe e o adolescente, da mesma forma que a Prisão Preventiva determinada por Dr. Roger, foi em atendimento a uma solicitação do delegado, diante da gravidade dos fatos. O acusado está preso e nega todas as acusações contra ele imputadas.

Por: Bosco Cordeiro

 

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