A filial paulistana da nova-iorquina Avenues, escola com mensalidade de R$ 10 mil, tem indignado pais que vêm apelando, desde o começo da pandemia, para discutir uma possível redução da mensalidade.

A escola só se comunica com os responsáveis por e-mail, com mensagens em que não aceita discutir a redução do valor da mensalidade durante a interrupção das aulas e ainda sugere a quem reclama que desmatricule o filho.

A escola enviou um e-mail esta semana dizendo que não teve nenhuma redução de custos, e que mantém a oferta de aulas à distância.

Os pais, entretanto, ponderam que é impossível não ter havido diminuição dos gastos: não há o mesmo consumo de energia ou água, segurança privada nem alimentação em tempo integral, como em uma situação normal.

“É uma postura arrogante, como se mudar o filho de escola no meio deste caos fosse fácil. Isso numa escola que fala em empatia o tempo todo”, reclamou, pedindo anonimato, o pai de um aluno.

(Atualização, às 12h30 de 17 de maio de 2020: A Avenues enviou nota à coluna reproduzindo email que enviou aos pais. “A Avenues não teve benefícios financeiros como resultado desse período de ensino à distância, e nossa expectativa é de que esse resultado se mantenha. Nossos custos operacionais não foram reduzidos; continuamos com as finanças estáveis e estamos monitorando nossas despesas de perto. Caso a Avenues calcule qualquer benefício financeiro resultante das atuais circunstâncias, o que não é esperado, ofereceremos às famílias um crédito proporcional na anuidade”.

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