Prefeitos amazonenses querem unificação das eleições para 2022

 

Principal motivo para mudança do pleito seria os problemas causados pela pandemia da Covid-19, em diversos setores

 
Pedido foi liderado pelo presidente da Associação Amazonense dos Municípios, prefeito de Maués, Junior Leite | Foto: Divulgação/AAM

Manaus – Um grupo de prefeitos do Estado do Amazonas que defende o adiamento das eleições municipais e a unificação dos mandatos de prefeitos e vereadores para 2022, sugeriu por meio de carta aberta encaminhada ao Congresso Nacional nesta terça-feira (26), uma eleição geral com os demais cargos eletivos estaduais e federais.

A iniciativa capitaneada pelo prefeito de Maués Junior Leite (MDB), que também é presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), diz que o principal motivo para a solicitação de mudança do pleito, ainda sem data definida, seria os problemas causados pela pandemia de Covid-19, em diversos setores da sociedade.

“Neste momento grave, 53% das pessoas contaminadas estão no interior do Estado, portanto, precisamos nos manifestar sobre o tema o quanto antes. Fora da capital, as campanhas são feitas principalmente no corpo a corpo, sem as mídias tradicionais, com pouco acesso à Internet e redes sociais, fatores que oferecem mais um foco para a disseminação do coronavírus”, alertou Leite.

Junior ainda cita as eleições de 2018, para explicar o deslocamento das pessoas pelo Amazonas, que à época, possuía cerca de 2,5 milhões de eleitores aptos a votar e 35 mil mesários. “Como deslocar tantas pessoas com segurança diante dos altíssimos níveis de contaminação? O próprio exercício do voto é um risco neste cenário. Mesmo mantido o distanciamento, o uso obrigatório da máscara e a distribuição de álcool, as sessões eleitorais, leitores biométricos e urnas eletrônicas são possíveis meios de disseminação do vírus”, ressaltou o prefeito.

Outra alegação do prefeito de Maués, diz respeito a participação popular nas campanhas, e que segundo ele, o direito constitucional do voto, das candidaturas e votação não podem comprometer as condições da própria saúde da sociedade. “Esse pleito, poderá ser prejudicial especialmente para os cidadãos com mais de 60 anos de idade, assim como a falta de debates e a realização das convenções partidárias irão ser prejudicas, pois estavam previstas no atual calendário eleitoral para os dias 20 de julho a 5 de agosto”, conclui.

Confederação Nacional apoia medida

A unificação das eleições é uma das bandeiras defendidas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que segundo a entidade, ganha “força” por conta pandemia de Covid-19. A CNM alega que entre os fatores de adesão à unificação, seriam os altos custos com as campanhas e os próprio pleito.

Segundo estimativa da CNM, o investimento da eleições, que pode chegar a R$ 24 bilhões, poderiam ser remanejado para suprir as deficiências do sistema público de saúde. A Confederação ainda diz que a redução no número de candidatos será um fator que possibilitará uma “vantagem” de poder econômico e a supremacia das grupos político, além do índice de abstenções de eleitores que podem tender ao aumento..

A Confederação também destaca que realização das eleições em outubro, impediria a prestação e análise das contas dos candidatos, a diplomação dos eleitos, além de inviabilizar uma adequada transição de governo, com repercussões negativas nas ações dos novos gestores na continuidade das políticas públicas de combate à pandemia.

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