Médico explica o que fazer em caso de engasgos com espinha de peixe

 

Seja frito, cozido ou assado, o amazônida adora um peixe e isso não é segredo para ninguém. Porém, é necessário cuidado ao comer esse tipo de alimento, afinal, quando o peixe não é bem tratado a pessoa pode engolir uma espinha, o que causa uma experiência dolorosa ou, até mesmo, perigosa, dependendo do tamanho e da localização da espinha ao engolir.

Para evitar engolir espinhas de peixe é recomendado removê-las antes de consumir e mastigar cuidadosamente para sentir se há resquícios. Também é recomendado evitar conversar enquanto come, para que as espinhas não sejam empurradas para a garganta. 

Portal Amazônia conversou com o clínico geral Mateus Almeida sobre esse tipo de situação, propensa a acontecer em regiões em que o consumo de peixe é grande, como na região amazônica.

De acordo com o especialista, caso a espinha seja pequena e passe pela garganta sem causar danos, geralmente não há motivo para preocupação. No entanto, se a espinha ficar presa na garganta ou se alojar em alguma parte do trato digestivo, pode causar dor intensa, irritação, inflamação e em alguns casos  até bloqueio da respiração.

Se você engoliu uma espinha de peixe e sentir dor ou desconforto na garganta ou no trato digestivo, é importante procurar ajuda médica imediatamente. O médico pode realizar exames e, se necessário, remover a espinha com um procedimento endoscópico. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para remover a espinha.

Todo cuidado com as espinhas do peixe é pouco. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Engoli uma espinha e agora? 

De acordo com o clínico geral, o primeiro passo para quem engolir uma espinha é manter a calma. Em seguida, é necessário parar de comer e deixar que o organismo consiga engolir a espinha por si só. Dessa maneira, ela vai ser absorvida e eliminada.

Em alguns casos, a espinha causa ferimentos no esôfago e garganta. A pessoa vai ter a sensação de que a espinha vai continuar presa e é comum na Amazônia existirem alguns procedimentos que envolvem as crenças, como girar o prato de comida da pessoa engasgada ou levantar os braços para “abrir caminho” para a espinha.

“Em hipótese alguma deve-se comer outro alimento (banana ou farinha de mandioca por exemplo), porque não se sabe como está a espinha e pode prejudicar ainda mais o organismo”, 

alertou Almeida sobre outra resolução típica aplicada no dia a dia.

O médico explicou que o indicado é ir imediatamente ao hospital, pois fazer qualquer tipo de tratamento em casa pode agravar ainda mais uma possível lesão causada pela espinha, principalmente em crianças ou idosos.

“A pessoa precisa se manter calma e ir ao hospital para poder ser avaliado através de uma endoscopia ou de um exame chamado laringoscopia, que detecta lesões internas”, explicou.

Depois do susto e das medidas de cuidado para solucionar a situação, vale um banho quente para relaxar os músculos e aliviar a sensação de machucado.

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