Empresas alvo da PF tiveram aditivos milionários no ‘apagar das luzes’ da gestão de Arthur
Ao longo de 2020, a Prefeitura de Manaus pagou cerca de R$ 238 milhões para as empresas Tumpex LTDA e a Marquise S/A
A um mês de deixar a prefeitura, a gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) publicou no Diário Oficial do Município extrato dos aditivos aos contratos, que somam R$ 26,3 milhões, para coleta e transporte de resíduos. O maior deles, de R$ 15,3 milhões, foi firmado com a empresa Tumpex LTDA. O outro aditivo custou R$ 11 milhões e foi celebrado com a empresa Marquise S/A, que mantém um contrato com o município desde 2013.
No fim de 2020, a reportagem de A CRÍTICA mostrou que ao longo de 2020, a Prefeitura de Manaus pagou cerca de R$ 238 milhões para as empresas Tumpex LTDA e a Marquise S/A, cerca 66% do orçamento de R$ 359,2 milhões conforme previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) daquele ano.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), conselheiro Mário de Mello, admitiu representação formulada pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), contestando a prorrogação dos contratos afirmando que a renovação ao apagar das luzes configurava violação à regra fiscal contida no artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Somente o contrato com a Tumpex foi aditado 17 vezes desde 2003, quando a empresa foi contratada, ainda na gestão Alfredo Nascimento (PL).
Ao chegar na prefeitura, a gestão David Almeida (Avante) também foi alvo de investigação pelo Ministério Público de Contas (MPC) devido possíveis irregularidades na contratação da Murb Manutenção e Serviços Urbanos por R$ 48 milhões por dispensa de licitação.
https://www.acritica.com/