Gabriel o Pensador refaz hit em que mata presidente e atinge 1 mi de views

 

 

Gabriel o Pensador retornou às origens de sua carreira em seu novo single, “Tô Feliz (Matei o Presidente) 2”, inspirado em seu primeiro sucesso, no qual se dizia feliz por ter matado o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Na nova versão, o rapper se entrega à polícia antes de matar o presidente Michel Temer. “A criminalidade toma conta da minha mente/ achei que não teria que fazê-lo novamente/ mas tenho pesadelos recorrentes, o Temer na minha frente/ e eu cantando: Tô feliz, matei o presidente”, diz a letra.

O clipe, que começa com Gabriel acompanhado de indígenas prestes a flechar um homem adereçado com a faixa presidencial, já conta com mais de 1 milhão de visualizações no YouTube desde que foi publicado, na quinta-feira (19).

A canção original, “Tô Feliz (Matei o Presidente)”, foi lançada na época do processo de impeachment de Collor, em 1992, e chegou a ser censurada antes de figurar no primeiro álbum do rapper no ano seguinte.

  Divulgação  
Gabriel o Pensador em cena do clipe de 'Tô Feliz (Matei o Presidente) 2
Gabriel o Pensador em cena do clipe de ‘Tô Feliz (Matei o Presidente) 2’

“Já tinham me pedido para matar outros presidentes, mas essa música nasceu da indignação específica motivada pela questão da Amazônia, o que pra mim foi um símbolo do descaso com o que são nossos direitos e patrimônios”, disse o rapper à Folha.

Ele diz que já imaginava a repercussão, pois “Chega”, lançada durante os protestos contra o PT, “também já havia viralizado”. “Só estou com pena porque as pessoas estão cegas com essa polarização de direita e esquerda, quando a gente fala sobre a impunidade, que é o meu caso, as pessoas tentam te enquadrar como militante disso ou daquilo”, diz.

Nos comentários nas redes sociais, fãs de Jair Messias Bolsonaro criticaram a música por conter um trecho em que fala de pessoas “chamando políticos ridículos de mito”, apelido dado por eles ao deputado. Gabriel afirma não ter realmente “admiração por nenhum político, infelizmente”.

“Acho que o brasileiro deveria ser mais exigente com os políticos em vez de defendê-los e brigar entre si. Os políticos, quando precisam, se aliam aos rivais, trocam de siglas, fazem esquemas com antigos desafetos, mas um amigo não consegue sentar na mesa de um bar com o outro que pensa diferente. O cara já quer levantar bandeira e ser radical”, diz.

O vídeo foi gravado em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Amazonas, Tocantins e Santa Catarina e foi dedicado à ocupação indígena do Parque das Tribos, em Manaus, e “aos povos indígenas de todo o país”. 

 
 

Fonte: http://www.folha.uol.com.br/

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