Morre primeira amazonense com doença da ‘urina preta’ em Itacoatiara

 

A doença da ‘urina preta’ tem como principal característica dores musculares intensas que surgem pouco tempo após a ingestão de peixe

ITACOATIARA (AM) – Morreu em Itacoatiara, (distante 176 quilômetros de Manaus), aos 51 anos, Maria de Nazaré, moradora da vila de Novo Remanso, zona rural da cidade, neste sábado (28). Ela estava internada desde sexta (27) no Hospital Regional José Mendes (HRJM) após apresentar sintomas provocados pela doença rabdomiólise, popularmente conhecida como “doença da Urina Preta“. A morte foi confirmada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

A mulher deu entrada junto com outros quatro familiares na Unidade Básica de Saúde UBS – Eudócia de Oliveira, após apresentarem os sintomas da doença. Segundo o portal LCJ Notícias, de Itacoatiara, eles haviam consumido a carne do peixe pirapitinga.

26 casos da doença

  As autoridades estão em alerta após o aumento do número de pessoas com suspeita de síndrome de Haff nos estados do Amazonas, que não para de crescer. De acordo com a FVS-RCP, mais cinco casos foram notificados de rabdomiólise em Itacoatiara, a doença da ‘urina preta’. Ao todo são 26 casos notificados da doença, 24 de Itacoatiara, um de Caapiranga e um de Manaus.  

Em Itacoatiara, dos cinco casos, três seguem internados no Hospital Regional José Mendes. Todos os casos são pertencentes à mesma família, são quatro adultos (duas mulheres e dois homens) e uma criança de um ano e sete meses, que residem na Vila do Novo Remanso, zona rural de Itacoatiara.  

Em Manaus, também se encontram internados em um hospital da rede pública, o paciente oriundo de Caapiranga, sexo masculino, 65 anos, e outro residente da capital, 69 anos.

Entenda sobre a doença

A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da lesão muscular com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea. Ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados que incluem o pescado. O quadro clínico da doença pode incluir elevações assintomáticas das enzimas musculares séricas (creatinina-fosfoquinase – CPK).

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