Procuradoria-Geral da República é favorável à instalação de medidores de energia aéreos no AM

 

Posicionamento do PGR aconteceu na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7225, apresentada ao Supremo Tribunal Federal pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee)

 

(Foto: Arquivo AC)

O procurador-geral da República Augusto Aras se manifestou favorável à instalação dos medidores de energia aéreos que foram proibidos no Amazonas após a criação da Lei 5.981/2022, pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O posicionamento do PGR aconteceu na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7225, apresentada ao Supremo Tribunal Federal pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

A associação pediu à Suprema Corte que suspenda o trecho da Lei Estadual que proibiu a instalação de medidores externos de energia elétrica no Amazonas. A Advocacia-Geral da União, órgão do governo federal, já havia se manifestado a favor dos medidores. Agora, o procurador-geral da República faz o mesmo. Ambos foram chamados a se posicionar pelo ministro relator do caso, Luís Roberto Barroso.

Assim como a AGU, o procurador Augusto Aras entendeu que a Lei aprovada no Amazonas feriu a Constituição Federal, que garante à União (governo federal) a competência para legislar sobre o serviço de energia elétrica privativo. “Assim sendo, a legislação atacada ultrapassa as fronteiras da competência privativa da União, tanto legislativa quanto material, sobre o tema energia elétrica, revelando-se, portanto, formalmente inconstitucional”, defende o PGR.

O ministro Barroso pediu que a AGU e a PGR se manifestassem porque ele irá decidir sobre se suspende ou não o trecho da Lei do Amazonas que proibiu a instalação dos medidores. O magistrado deve levar em consideração os posicionamentos para tomar a própria decisão. Se suspender a Lei, estará dando uma vitória à empresa Amazonas Energia, proibida de utilizar a tecnologia de medição externa no Estado.

Outro lado

Na ação que corre no STF, A Aleam defende que a proibição da instalação dos medidores seja mantida. A Casa Legislativa afirma que a Abradee não apontou como a Amazonas Energia ficaria prejudicada financeiramente com a continuidade da Lei. A Aleam diz ainda que o objetivo da lei é “buscar tão somente proteger o consumidor”. 

O Governo do Amazonas também se posicionou no processo. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AM) se colocou ao lado da Aleam e também pediu que o STF mantenha a Lei Ordinária que proibiu a instalação dos medidores de energia. “Cabe destacar que não há qualquer impacto no reequilibro financeiro contratual, tendo em vista que já existia um sistema medidor anterior que permitia o devido acompanhamento do consumidor”, diz a PGE-AM.

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