Não parece real! Cachoeira submersa cria efeito incrível e assustador no meio do oceano
Grande fenda embaixo d’água na costa das ilhas Maurício parece “sugar” tudo ao redor, mas não passa de uma ilusão de ótica
A cachoeira subaquática pode ser vista do alto em vôo de helicóptero ou hidroavião Patrick Donovan /
As ilhas Maurício, a cerca de 2.000 km de distância da costa da África, no meio do oceano Índico, guardam um fenômeno natural impressionante. Sobrevoando o local é possível ver uma cachoeira embaixo d’água na região conhecida como Le Morne.
Apesar de belo e assustador, o evento natural é apenas uma ilusão de ótica. Isso porque a ilha, que fica em um planalto submarino, possui uma inclinação gradual em sua costa que termina em uma fenda de 4 mil m de profundidade.
A impressão que se tem é que toda a ilha será “tragada” para o interior da fenda, mas é apenas ilusão de ótica — Foto: Cavan Images / Getty Images
Com a movimentação das correntes marítimas, sedimentos como areia e lodo se deslocam para o interior do buraco, dando a impressão de que é a água que está “caindo” como em uma cachoeira – o que fisicamente seria impossível.
Do alto é possível ver a parte em que o planalto submarino se abre em direção à fenda gigante — Foto: Google Earth / Reprodução
Como as águas do local são cristalinas e rasas, formando uma espécie de lagoa, ao sobrevoar a fenda é possível ver o fundo do mar e o efeito em cascata dos sedimentos se deslocando, como se fosse uma grande queda d’água subaquática.
Na região de Le Morne, nas ilhas Maurício, uma fenda no fundo do oceano cria um efeito de cachoeira subaquática — Foto: Tripadvisor / Valeriy1960 / Reprodução
Do alto parece assombroso e dá a sensação de que barcos e banhistas podem ser “sugados” para dentro do buraco, mas nadar e navegar no local é totalmente seguro, tanto que a área é repleta de hotéis. O fenômeno pode ser visto o ano todo, por meio de passeio de helicóptero ou hidroavião.
A Paisagem Cultural de Le Morne, onde fica a cachoeira, foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 2008. A área abriga uma montanha de 556 m feita de rocha basáltica e usada como abrigo por escravos fugitivos e quilombolas durante o século 18 e os primeiros anos do século 19.
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