Sumiço de “Seo Zequinha”na Cacaia tem desfecho trágico em Presidente Figueiredo

Em 14 de novembro de 2017, foi registrado no 37 DIP de Presidente Figueiredo, o sumiço do Sr. José Lopes da Silva, 70 anos, conhecido como “Seo Zequinha”. O registro foi feito pelo Sr. Domingos Freire Rodrigues, o “Pacu” um agricultor amigo e parceiro comercial de Zequinha que trabalhava como “atravessador” comprando produtos agrícolas dos produtores da localidade e vendendo na capital. Pacu informou que no dia do desaparecimento do amigo, esteve com ele por três dias juntos pescando na região do Lago de Balbina mas precisamente na “Cacaia” nas redondezas da ilha onde o informante mora.

Na sexta-feira do dia 10-11-2017, por volta das dez horas da manhã, os amigos se despediram e Seo Zequinha partiu com destino à sua residência que fica numa ilha próxima a de Pacu. No sábado dia 11 de novembro, Pacu foi a ilha de Zequinha buscá-lo para irem até a comunidade do Rumo Certo, onde iriam negociar as bananas de Pacu. Para surpresa de Domingos, o caseiro de nome Expedito Cesar Isaias de França, informou que o patrão havia saído na quarta-feira e que ainda não havia retornado.

Intrigado com a notícia, Pacu foi até a sede da Comunidade do Rumo Certo encontrar com “Curica”, outro parceiro comercial de Zequinha e depois de confirmar o sumiço de Sr. José, dirigiu-se até a delegacia municipal e com o apoio de uma equipe de policiais civis, militares e municipais, Comandados pelo delegado titular do 37 DIP de Presidente Figueiredo, Dr. Valdinei Silva, foi realizar buscas pelo idoso mas sem sucesso.

 

Depois disto, mais outras operações de busca foram realizadas já com o apoio do Corpo de Bombeiros e cães farejadores mas também sem lograr êxito. No último dia 03 de janeiro, o Sr. Fábio Barbosa do Nascimento, o “Santinho” foi procurado por outro morador de nome Luiz para irem até a um local conhecido como Ilha da Terezinha, pois havia avistado uma rede armada no lugar. Os dois foram então até a ilha mencionada e lá encontraram a rede, a canoa, o motor de rabeta e outros pertences que Santinho reconheceu como sendo de Zequinha. Imediatamente os dois procuraram às autoridades e comunicaram o fato.

Uma nova equipe de buscas foi montada com policiais, civis, militares, municipais e bombeiros e no local encontraram o cenário narrado pelos dois agricultores com a rede de Zequinha armada em dois troncos próximos ao lago, com a canoa, rabeta, duas tampas de caixa de isopor, um recipiente para combustível, uma espingarda, diversas roupas espalhadas e uma caderneta onde estava a cédula de identidade de Sr. José e a quantia de R$ 95,00. 

No local, que exalava um forte odor, a equipe de buscas encontrou mechas de cabelo do idoso e até um pedaço de osso  parecendo ser parte de um antebraço que foi trazido para exames de DNA que comprovem ser de Zequinha. A equipe de buscas acredita, baseado no cenário encontrado, que o Sr. Zequinha possa ter sofrido algum mal súbito, pois supostamente errou o caminho de casa e o rabetinha apresentou problemas, tendo sido obrigado a remar fazendo um esforço muito grande para quem já tinha idade avançada e isto possa ter ocasionado até sua morte.

Rastros de onça foram encontrados  da mesma forma que também foram encontrados ninhos de jacaré muito próximos ao local o que leva a crer, que o idoso tenha sido devorado por uma dessas feras depois de morto. Os bombeiros ainda fizeram mergulhos na tentativa de localizar o corpo como também foram realizadas buscas nas ilhas vizinhas.

Após a confirmação do exame de DNA de que a ossada pertence ao Sr. José, o caso poderá ser dado como elucidado descartando assim, a hipótese de que tenha havido algum tipo de crime contra a pessoa do Sr. Zequinha.

Assista o relato do delegado Dr. Valdinei Silva sobre o caso:

Por: Bosco Cordeiro 

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