Tambaqui em conserva já é uma realidade graças a pesquisadores da Ufam

 

A conserva de tambaqui em lata foi criada por pesquisadores da Ufam, usando o mesmo processo da sardinha em lata

   

Foto:William Costa/Portal Amazônia

 

A inovação foi desenvolvida por alunos da FCA, e teve a coordenação do professor doutor Antonio José Inhamuns da Silva, que mostrou como a conserva é preparada.

“É necessário termos um tambaqui curumim, com cerca de 350 gramas, o ideal para fazermos o produto enlatado. O tambaqui precisa ser de viveiro, pois é sustentável, e, após limparmos ele, tirando cabeça, vísceras, escamas e nadadeiras, o cortamos em postas, como se fosse fazer um cozido. Com as postas cortadas, colocamos o tambaqui dentro da lata e adicionamos, nesse caso, o molho de tucupi, temperado a seu gosto, e lacramos a lata. Após isso, colocamos o produto no processo de esterilização, que fará o cozimento durante alguns minutos, e está pronto”, conta o professor.

   

Foto:William Costa/Portal Amazônia

 

Depois de pronto, o professor Inhamuns lembra que todo produto enlato precisa ficar 40 dias em observação antes do consumo, para verificar se não teve vazamento ou estufamento da lata.

“Depois dos 40 dias, se o enlatado não apresentar o vazamento ou estufamento, estará liberado para o consumo, que após aberto, o tambaqui no molho de tucupi pode ser esquentado normalmente antes do consumo. A validade desse é de 2 anos, não pelo produto, mas pela lata, que depois desse período pode apresentar ferrugem e comprometer o alimento”, ressalta.

   

Foto:William Costa/Portal Amazônia

 

Além do tambaqui curumim, outras espécies de peixes amazônicos podem ser enlatados, e com tipos de molhos diferentes, como já é feito com a sardinha. “A conserva do tambaqui é fruto de um de nossos projetos de pesquisa. Mas nossos testes mostram que podemos fazer com a matrinxã e com outros peixes também, além de verduras e legumes, e com molhos como de tomate, salmoura e tucupi”, finalizou o professor.

A conserva de tambaqui em lata ainda não é comercializada, mas o projeto está disponível para a indústria que queira investir na ideia,  e desenvolver em maior escala.

   

Foto:William Costa/Portal Amazônia

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